Covid-19 custou ao Estado português 7,74 mil milhões de euros só em 2021

Equipa covid no Hospital Curry Cabral, em Lisboa
Equipa covid no Hospital Curry Cabral, em Lisboa Direitos de autor Daniel Cole/Associated Press
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De  Francisco Marques
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Direção-Geral do Orçamento detalha o peso do SARS-CoV-2 em Portugal. França ultrapassa as 130 mil mortes e Inglaterra acaba liberta-se das máscaras

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A Covid-19 custou ao Estado português 7,74 mil milhões de euros só em 2021, divulgou esta quinta-feira a Direção-Geral do Orçamento (DGO), num dia em que Portugal estabeleceu um novo recorde diário de infeções.

"Até ao final de Dezembro, a execução das medidas adotadas no âmbito do combate e da prevenção da Covid-19, bem como as que têm por objetivo repor a normalidade, conduziu a uma redução da receita de 306,4 milhões de euros e a um aumento da despesa total em 7.437,3 milhões de euros", lê-se na "Síntese da Execução Orçamental", da DGO.

Incluído na despesa estão os apoios às empresas e ao emprego, que somaram 4.027,6 milhões de euros, sendo um quarto no âmbito no programa Apoiar e um pouco de mais de outro quarto no apoio aos transportes.

O apoio ao setor da Saúde somou no ano passado 1.474,9 milhões de euros, sendo aqui incluído o investimento em recursos humanos, vacinas e testes.

Quanto ao boletim epidemiológico da Direção-Geral de Saúde (DGS), foram diagnosticadas 65.706 novas infeções de quarta para quinta-feira, um novo recorde diário no país, e há ainda a lamentar mais 41 mortes com Covid-19.

Em termos hospitalares, registou-se uma queda de 64 "doentes covid" internados, havendo agora um máximo de 2249 camas ocupadas, incluindo 147 nos cuidados intensivos (menos sete do que na quarta-feira).

Em termos de vacinas contra a Covid-19, está já aberto o autoagendamento da dose de reforço para maiores de 18 anos. O pedido pode ser feito online pelo portal do Serviço Nacional de Saúde.

O reforço pode ser feito por "utentes com idade igual ou superior a 18 anos, que tenham completado o esquema primário há cinco meses e não tenham tido infeção há menos de cinco meses", explicam os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).

Pela Europa

O governo britânico pretende aliviar as restrições anticovid em Inglaterra e o fim do uso obrigatório das máscaras é uma das medidas já em vigor.

Para o ministro da Saúde britânico, Sajid Javid, manter a proteção facial contra a Covid-19 é agora "um questão de decisão pessoal", mas ainda assim alguns operadores de transportes públicos ingleses mantém o pedido de uso de máscaras nos respetivos serviços.

Na Dinamarca, todas as restrições vão ser levantadas a partir de 1 de fevereiro. Entre os dinamarqueses, existe um misto de medo e alívio. Até porque este foi o país onde a variante Ómicron começou por ser mais agressiva na Europa e ainda há muitas pessoas infetadas.

Em França, a dois meses das eleições presidenciais, voltaram as manifestações sindicais pelos aumentos salariais, num contexto ainda muito marcado pela Covid-19. Em especial nas escolas, com muitas salas fechadas devido a professores infetados.

De acordo com o balanço desta quarta-feira, foram diagnosticadas em 24 horas mais 392 mil novas infeções e registados mais 268 mortos em ambiente hospitalar, o que elevou a tragédia de Covid-19 em França para mais de 130 mil mortos em quase dois anos de presença do vírus no país.

Outras fontes • Lusa

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