Resposta da NATO não convence Moscovo

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De  Bruno Sousa
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Kremlin lamenta que as principais questões russas tenham ficado por responder

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A Rússia não ficou convencida com a resposta da NATO relativamente às suas exigências na fronteira com a Ucrânia. Serguei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, acusa a aliança de não ter vontade de resolver o problema, mas admite alguns progressos:

"Recebemos uma resposta que dá esperança para o início de um diálogo sério em questões secundárias. No entanto, a principal questão não foi respondida..."

A principal questão é a vontade do Kremlin em ter uma garantia escrita de que a NATO não se irá expandir para leste, não irá admitir a Ucrânia como membro, e não irá enviar para a região armas que coloquem em causa a segurança do território russo, incluindo armas nucleares.

Ambas as partes manifestam preferência pela via diplomática, mas nesta encruzilhada entre Washington e Moscovo, a diplomacia ucraniana lembra que a solução tem de passar por Kiev.

Em visita à Dinamarca, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, afirmou que "se alguém decidir fazer algum acordo sobre a Ucrânia nas nossas costas, não iremos aceitar. Rejeitamos por uma questão de princípio. Não permitimos que ninguém, nem os nossos amigos, nos imponha concessões".

O Kremlin insiste que não tem planos para uma ofensiva militar mas as imagens de satélite mostram um reforço considerável de efetivos junto à fronteira com a Ucrânia. Para Moscovo não passam de simples exercícios militares realizados em território russo.

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