Lukashenko garante ter os bielorrussos prontos para a guerra: mesmo os que no querem

Lukashenko durante o discurso do estado da nação em Minsk
Lukashenko durante o discurso do estado da nação em Minsk Direitos de autor Pavel Orlovsky/BelTA Pool Photo via AP
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A Bielorrússia é um dos aliados da Rússia e tem sido palco de alegados exercícios militares junto à fronteira com a Ucrânia. Na tensão com a NATO, o Presidente deixa bem claro de que lado está

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A Bielorrússia está pronta para entrar em guerra caso seja atacada ou o principal aliado, a Rússia, seja atacado, garantia dada pelo presidente Aleksandr Lukashenko durante o discurso do estado da nação, proferido, esta sexta-feira, em Minsk.

A antiga república soviética, localizada a norte da Ucrânia e ainda aliada do Kremlin, tem sido palco de alegados exercícios militares russos junto à fronteira ucraniana.

A mobilização de tropas afetas à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) para território ucraniano e o reforço dos recursos militares das forças afetas a Kiev, com armas americanas e britânicas, colocou ainda mais pressão numa região já antes sensível e motivou agora a tomada de posição bielorrussa.

"Vamos ter uma Guerra ou não? Sim, vai acontecer, mas apenas em duas situações. Se houver uma agressão direta à Bielorrússia, vamos nos erguer para defender a nossa pátria, incluindo aqueles que não o quiserem. E, em segundo, a Bielorrússia vai envolver-se numa guerra se o nosso aliado, a Rússia, for diretamente atacado”, afirmou Lukashenko, em Minsk.

O presidente bielorrusso é um interveniente colateral da tensão latente entre a Rússia e a NATO, principal apoio da Ucrânia, que há oito anos enfrenta no próprio território um conflito separatista.

O Governo de Kiev enfrenta grupos pró-russos desde 2014 nas regiões de Donetsk e Luhansk, num conflito agora associado a uma eventual invasão da Rússia, que garante querer apenas proteger os falantes de russo.

Nos últimos meses, a Rússia mobilizou centenas de milhares de soldados e armamento para territórios junto à respetiva fronteira com a Ucrânia, inclusive na Bielorrússia, o que dá a Lukashenko o tal papel de interveniente colateral.

O presidente bielorrusso garantiu ainda que em caso de sofrer uma agressão terá à disposição centenas de milhares de soldados russos para o ajudar a defender-se, se necessário.

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