Continuam os preparativos para a possível guerra na Ucrânia

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Direitos de autor Alexei Nikolsky/Sputnik
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Moscovo promete manter os exercícios militares longe da ZEE da Irlanda enquanto a Rússia e o ocidente se preparam para a possível guerra na Ucrânia

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Por enquanto é só uma guerra de nervos. Num - talvez - sinal de boa vontade , o exercício militar que a Rússia tinha previsto ao largo da Irlanda foi deslocado para fora da Zona Económica Exclusiva (ZEE)  irlandesa, após pressões de políticos e pescadores.

O Ministro irlandês dos Negócios Estrangeiros, Simon Coveney, confirmou que a resposta ao seu pedido foi positiva.

"Há obviamente muita tensão na Europa neste momento no contexto da Rússia-Ucrânia e eu senti que uma resposta positiva à minha correspondência seria apreciada, e foi isso que aconteceu".

Isto não quer dizer, no entanto, que Moscovo esteja a recuar- a televisão estatal russa mostrou os novos caças Sukhoi SU-30SM2 a serem enviados para a região de Kaliningrado. De acordo com o Ministério da Defesa russo, os novos caças multiusos têm motores e radares mais modernos em comparação com os modelos SU-30 anteriores. Os jactos poderiam também suportar um arsenal alargado de armas ar-ar e terra-ar.

Os preparativos para um possível conflito estão em curso de "ambos os lados".  Os aliados da NATO continuam a armar a Ucrânia. Dos estados Unidos chegaram imagens da quinta-feira passada, com os aviadores americanos do 436º Esquadrão Aéreo Portuário a carregarem paletes de munições, armas e outro equipamento com destino à Ucrânia, na Base Aérea de Dover, no Delaware. O presidente Joe Biden anunciou um pequeno destacamento de tropas para a Europa Oriental, ainda que Moscovo tenha dito repetidamente que isto ameaça os seus interesses vitais:

"A linha que eles (NATO) supostamente defendem está a deslocar-se para a direita, mais para leste. Agora, já se aproximou da Ucrânia. Eles também querem puxar este país para lá (para a NATO), embora todos compreendam que a Ucrânia não está pronta e não poderia contribuir para o reforço da segurança da NATO. Isso iria, de facto, minar as relações com a Federação Russa", disse Sergey Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia.

Por seu lado, Londres está a escolher uma tripla abordagem: destacar mais soldados para a Estónia; enviar mais armas para a Ucrânia e a "reforçar" o seu sistema de sanções. "Os oligarcas próximos do Kremlin não terão onde se esconder", diz a ministra dos negócios estrangeiros, Liz Truss.

"O que irei anunciar no final desta semana é uma legislação melhorada sobre sanções para que possamos visar mais interesses russos que sejam de relevância direta para o Kremlin, porque precisamos absolutamente de impedir que isto aconteça. Essa é a nossa prioridade número um", afirmou a chefe da diplomcia do Reino Unido.

Enquanto centenas de ucraninos agradecem em Kiev o apoio ocidental, a embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas promete que o Conselho de Segurança da ONU pressionará duramente a Rússia, numa sessão na segunda-feira, para discutir a concentração de tropas de Moscovo perto da Ucrânia e os crescentes receios de que esteja a planear uma invasão.

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