"Domingo Sangrento" foi há meio século: as lições continuam a ser lembradas

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De  Francisco Marques
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Centenas de pessoas assinalaram os 50 anos de um dia cravado na memória de muitos irlandeses e com eco na cultura popular internacional

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Assinalam-se este domingo os 50 anos do trágico "Domingo Sangrento" na Irlanda do Norte, com uma homenagem às 14 pessoas que perderam a vida vítimas dos violentos confrontos daquele dia entre manifestantes católicos, protestantes e o exército britânico.

Centenas de pessoas marcaram presença na cerimónia deste domingo, desfilando pelas ruas de Londonderry, repetindo os passos de 30 de janeiro de 1972, entoando canções e no fim depositando coroas de flores no memorial erguido para manter vivas as lições daquele trágico dia.

Michael Mc Elhinney perdeu um irmão no "Domingo Sangrento" e recorda conversas que teve com algumas das pessoas que assistiram ou fizeram parte dos eventos daquele domingo: "A cidade estava totalmente em silêncio. De facto, falei com algumas pessoas e com alguns soldados que aqui estiveram naquele dia, mas que não eram das operações especiais. Disseram-me que foi terrível. As crianças não lhes atiravam pedras nem gritavam com eles. Os soldados até o estranharam."

As vítimas daquele trágico dia estão em destaque no memorial erguido em Londonderry e ao longo dos tempos diversos protestos foram sendo levantados e alguns tornaram-se mesmo marcos da cultura popular.

A emblemática canção dos U2, "Sunday Bloody Sunday", teve inclusive direito a uma versão especial este domingo.

Pelo menos 14 pessoas morreram, incluindo seis menores de idade. Algumas das vítimas mortais foram alvejadas pelas costas por soldados britânicos, há já meio século, no "Domingo Sangrento".

Uma das vítimas morreu apenas alguns dias depois e as autoridades britânicas não a incluíram no balanço oficial, alegando que teria sucumbido a um tumor cerebral não operável.

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