Exército de Myanmar acusado de incendiar casas

Exército de Myanmar acusado de incendiar casas
Direitos de autor STR/AFP or licensorsMembers of the People's Defence Force, the armed wing of the civilian National Unity Government opposed to Myanmar's ruling military regime, taking part in training at a camp in Kayin State, near the Myanmar-Thai border.
Direitos de autor STR/AFP or licensors
De  Euronews com Lusa
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Habitantes de vilas do noroeste do país dizem que 400 casas foram destruídas pelo fogo

PUBLICIDADE

Residentes de duas aldeias do noroeste de Myanmar dizem que soldados do governo incendiaram centenas de casas na segunda-feira à noite, véspera do primeiro aniversário do Golpe de Estado que derrubou o governo de Aung San Suu Kyi.

O golpe militar desencadeou protestos não violentos em todo o país, mas quando os militares e a polícia responderam com brutalidade, a resistência armada surgiu nas cidades e vilas.

Os moradores da vila de Mwe Tone revelaram esta quinta-feira que 200 das 250 casas foram destruídas pelo fogo, juntamente com quase 200 das 800 casas na vila vizinha de Pan.

A comunicação social do Myanmar relatou números semelhantes e imagens mostram bombas de água, tratores e carros destruídos por incêndios. Um habitante da vila de Pan explicou que os militares estavam à procura de membros de uma milícia local que foi criada para proteger a região contra ataques da junta militar.

O Exército do Myanmar utiliza fogo posto como uma das suas táticas em operações contra insurgentes. Estima-se que as tropas tenham incendiado até 200 aldeias numa campanha brutal de 2017 no Estado de Rakhine, que levou mais de 700.000 muçulmanos rohingyas a procurarem refugio no Bangladesh.

Por estes atos são acusados de crimes contra a humanidade e genocídio.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Protestos em Myanmar

Aniversário do golpe de Estado no Myanmar

Trinta pessoas alegadamente assassinadas em Myanmar