Paraplégicos voltam a andar devido a técnica revolucionária

Paraplégicos voltam a andar devido a técnica revolucionária
Direitos de autor AFP
Direitos de autor AFP
De  Ricardo Figueira
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

O dispositivo foi desenvolvido por cientistas em Lausana, na Suíça, e pode estar disponível ao público dentro de dois ou três anos.

PUBLICIDADE

Eram paraplégicas, completamente impossibilitadas de qualquer mobilidade, mas graças a um novo tratamento experimental desenvolvido por cientistas em Lausana, na Suíça, três pessoas nesta situação voltaram a poder andar. A descoberta foi agora revelada ao mundo por um artigo da revista Nature Medicine.

Jocelyne Bloch, neurocirurgiã a trabalhar no projeto, explica: "O grupo-alvo é o das pessoas paraplégicas, com vários graus de gravidade. O último estudo foi sobre paraplegia completa, ou seja, pessoas que não conseguem mexer-se ou sentir o que quer que seja. O objetivo é fazer desta técnica um tratamento".

A técnica baseia-se num implante que é colocado na zona mais baixa da espinal medula, contendo 16 elétrodos que amplificam o pouco impulso que resta e estimulam os nervos que controlam o movimento dos músculos.

Esta é a fase final de estudos que começaram há dez anos, com experiências em ratos e macacos.

"Antes, estes elétrodos eram usados para o tratamento da dor. Agora desenvolvemos impantes, mais longos e mais largos, que nos permitem alcançar os nervos motores da perna e dos músculos pélvicos, o que torna os movimentos bastante mais precisos, igualmente para a esquerda e para a direita", diz Grégoire Courtine, professor de neurotecnologia igualmente envolvido no estudo.

Desenvolvemos impantes, mais longos e mais largos, que nos permitem alcançar os nervos motores da perna e dos músculos pélvicos
Grégoire Courtine
Professor de neurotecnologia

O dispositivo pode permitir não só andar, como outras atividades, como nadar ou andar de bicicleta. Os cientistas esperam que esteja disponível para o público, a nível mundial, dentro de dois a três anos.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Países Baixos: universidades tomam medidas para limitar número de estudantes estrangeiros

Universidade de Praga onde foram mortas 14 pessoas testa novo sistema de segurança

Três mortos num tiroteio na Universidade do Nevada, em Las Vegas