Irão celebra aniversário da Revolução Islâmica

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De  Euronews
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Com slogans contra Israel e a Amárica, milhares de iranianos celebraram, este 11 de fevereiro, o 43° aniversário da Revolução Islâmica

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Bandeiras, veículos a buzinar, cartazes dos ayatollahs e uma multidão de slogans contra os inimigos israelitas e americanos.

Foi assim, uma vez mais o 11 de fevereiro no Irão.

Esta sexta-feira, centenas de milhares de iranianos saíram às ruas para comemorar o 43º aniversário da Revolução Islâmica, que instaurou o regime teocrático em 1979, mas por causa da sexta vaga da Covid19 os desfiles só foram autorizados em viaturas.

O aniversário tem como pano de fundo as conversações em Viena para reavivar o acordo sobre o programa nuclear iraniano, e as alusões não faltaram em cartazes onde se apelava à luta contra a América e se pedia "Nem compromissos nem sanções".

A Praça Azadi - Liberdade - de Teerão, um dos símbolos da revolução, foi um dos principais locais para as celebrações, embora o presidente do Irão, Ebrahim Raisi, não tenha proferido um discurso no icónico local, como se tinha tornado habitual.

Em vez disso, fez um discurso na Mesquita no Complexo do Imã Khomeini de Teerão, adornado com enormes fotografias do líder da revolução Ruhollah Khomeini e Qasem Soleimani, antigo general encarregado da Força Quds dos Guardiães, que foi assassinado pelos EUA em 2020.

"Estamos muito otimistas quanto ao futuro do país. O futuro do país é brilhante", disse Raisi, no seu primeiro discurso sobre um aniversário de revolução desde a tomada de posse em agosto, acrescentando que a sua política externa segue o lema "Nem Leste nem Oeste", que emergiu durante a revolução, centrando-se na independência do país.

O discurso do presidente foi interrompido por gritos de "Morte à América" e "Morte a Israel" por parte da audiência.

O Irão está envolvido em negociações difíceis para salvar o acordo nuclear de 2015, que limitou o programa nuclear iraniano em troca do levantamento das sanções económicas.

O governo iraniano insiste que o levantamento das sanções económicas dos EUA é a única forma de salvar o acordo, enquanto que os Estados Unidos e a Europa há muito que salientam que a negociação está a ficar sem tempo, face à rápida aceleração do programa nuclear do Irão.

O aniversário chega no meio da sexta vaga de infeções pelo Sars-Cov2 no país, impulsionada pela variante Ómicron.

Assim, o governo reinstituiu limitações à participação do público em eventos ao vivo, depois de estas terem sido levantadas em meados de janeiro.

Até agora, 61.373.600 dos 80 milhões de pessoas do Irão receberam pelo menos uma dose de vacina, e 54.715.414 receberam a vacinação completa.

A festa do orgulho iraniano comemora-se com o mesmo espírito por todo o mundo, onde há iranianos, como mostra este tweet da embaixada do Irão em Portugal.

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