Expatriados decidem ficar na Ucrânia: "Muitas pessoas como eu já fizeram a vida aqui"

Cidadãos estrangeiros na Ucrânia, esperam pelo voo de partida no aeroporto de Kiev
Cidadãos estrangeiros na Ucrânia, esperam pelo voo de partida no aeroporto de Kiev Direitos de autor SERGEI SUPINSKY/AFP or licensors
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De  Euronews
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Apesar dos avisos para saírem do país na iminência de ser invadido pela Rússia, vários cidadãos estrangeiros a residir na Ucrânia decidiram ficar e contam porquê.

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A ameaça de uma invasão russa e os alertas da Casa Branca têm agitado o aeroporto de Kiev. Dezenas de cidadãos norte-americanos residentes na Ucrânia responderam ao apelo de Washington e estão a abandonar o país. Mas há quem tenha decidido ficar. 

Para Thomas Jones, um professor de inglês de origem britânica e casado com uma ucraniana. uma mudança repentina de vida é um passo difícil de dar.

"As pessoas pensam que, por ser expatriado, posso simplesmente pegar nas coisas e partir. Muitas pessoas como eu já fizeram a vida aqui. Não é como se tivesse chegado ontem, estivesse de férias durante uma semana e pudesse voltar para Inglaterra. Ainda tenho família em lá. Mas tenho 52 anos , não tenho 18, e não andar a dormir em sofás c om a minha mulher em Inglaterra. Há várias coisas a ter em conta. Claro que, se isto aqui ficar realmente sério, é preciso pensar na decisão acertada", conta o docente. 

Um bluff da Rússia?

A viver na Ucrânia desde 1992, o norte-americano Andrew Kinsel acredita que tudo não passa de um bluff da Rússia. Consultor de profissão, reside no país com a mulher e duas filhas, e diz que, no atual cenário de aparente normalidade, o plano é ficar.

"Não há filas para comprar gás, nas lojas, as pessoas estão a comprar as coisas normalmente, sem corridas à farinha ou a coisas desse género, a vida está a decorrer dentro da normalidade. Penso que todos esperamos que daqui a um ano, ou daqui a alguns meses, a algumas semanas, ou talvez mesmo esta semana, haja algum tipo de solução global e a situação se torne menos tensa", afirma.

Há menos de uma semana, Joe Biden avisou que "a situação [na Ucrânia] pode sair de controlo rapidamente". O Departamento de Estado norte-americano informou ainda que, após uma invasão da Rússia, o governo dos Estados Unidos não vai retirar cidadãos do território.

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