Parlamento francês aprova perdão aos "harkis"

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Lei aprovada esta terça-feira reconhece as "condições indignas" do acolhimento

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Foram precisos 60 anos para o parlamento de Paris aprovar oficialmente o "perdão" aos “harkis”, os soldados argelinos que fizeram parte do exército francês durante a Guerra da Independência da Argélia.

A decisão sustenta o compromisso assumido por Emmanuel Macron. O presidente já pediu desculpa a estes soldados que lutaram ao lado de França, e que foram abandonados pelo General de Gaulle no final do conflito.

Numa declaração simbólica, Macron disse que “um discurso não resolve 60 anos de injustiça, e que as palavras têm, por vezes, pouca utilidade”. “Mas eu queria que hoje, estas poucas palavras trouxessem o reconhecimento ao drama sobre o qual a República nunca falou", afirmou o presidente.

Quase 200 mil “harkis” foram recrutados como auxiliares do exército francês. A lei aprovada esta terça-feira reconhece as “condições indignas” do acolhimento reservado a estes homens e às suas famílias que fugiram da Argélia depois da independência. Muitos foram colocados em campos de refugiados.

Para reparar os danos, França vai pagar uma indemnização às famílias que ficaram nestes campos. Os montantes vão de 2 mil a 15 mil euros.

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