Papa diz que "clericalismo é uma perversão"

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Direitos de autor Gregorio Borgia/The Associated Press
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Na conferência sobre o futuro do sacerdócio católico, o Papa disse que o "clericalismo" distorce o verdadeiro significado do sacerdócio

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No Vaticano já começou a conferência de três dias sobre o futuro do sacerdócio católico. O Papa Francisco deu início aos trabalhos com a defesa do celibato clerical. Disse que se trata de um "presente" que deve ser vivido através de "relações saudáveis". As observações do papa surgem numa altura em que alguns bispos europeus manifestam a vontade de relaxar as exigências do celibato da igreja para os padres.

Francisco não mencionou os escândalos de abuso, mas culpou o "clericalismo" por distorcer o verdadeiro significado do sacerdócio, que ele disse ser uma vocação de serviço, e não de poder. "A distorção da vocação acontece sempre que nos esquecemos que a vida sacerdotal é dedicada aos outros - ao Senhor e às pessoas que ele nos confiou", disse o Papa, afirmando que " o clericalismo é uma perversão".

Esta terça-feira, os advogados das vítimas de abuso sexual pelo clero italiano lançaram uma campanha para exigir um inquérito sobre o encobrimento dos casos. Acreditam que a Igreja Católica, em Itália, condicionou vários escândalos, desde processos criminais até à cobertura do problema pelos meios de comunicação social.

O grupo #ItalyChurchToo disse esperar que os recentes inquéritos nacionais na Alemanha e França, e os planeados em Espanha e Portugal, pressionem a Igreja Católica Italiana a abrir os seus arquivos a investigadores independentes para averiguar o alcance do problema e atribuir responsabilidades.

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