UE pede a Rússia "medidas genuínas" de desescalada e aprova ajuda financeira a Ucrânia

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Conselho Europeu não está convencido da desmobilização militar da Rússia junto da fronteira ucraniana. Parlamento europeu aprova pacote de emergência para a Ucrânia.

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Na União Europeia, ainda não se respira totalmente de alívio. Apesar de esta terça-feira a Rússia ter desmobilizado da fronteira com a Ucrânia milhares de soldados, os Estados-membros ainda não estão convencidos de uma desescalada, sobretudo quando, um dia depois, o Kremlin foi acusado pelos Estados Unidos da América de adicionar sete mil militares às tropas que permaneceram no local. 

A Moscovo, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, pede "medidas genuínas" de que não tenciona invadir o país vizinho.

"Nos últimos dois dias, a Rússia sinalizou que pode estar aberta à diplomacia, e instamos a Rússia a tomar medidas concretas e tangíveis para a desescalada, porque esta é a condição para um diálogo político sincero. Não podemos estar eternamente a tentar a diplomacia de um lado, enquanto o outro estiver a reforçar tropas", afirmou Charles Michel, esta quarta-feira, em Estrasburgo.

Eurodeputados dão luz verde a ajuda financeira à Ucrânia

De forma a garantir estabilidade face à ameaça militar da Rússia, a maioria dos eurodeputados aprovou, esta quarta-feira, um pacote de ajuda de emergência à Ucrânia no valor de 1,2 mil milhões de euros.

A assistência macrofinanceira a Kiev assume, nas palavras do Parlamento Europeu, em comunicado, a forma de empréstimos a longo prazo em condições "altamente favoráveis".

Guerra sem data

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, responde à possibilidade de uma guerra iminente, que chegou a estar anunciada para esta quarta-feira, com aparente tranquilidade, afirmando, esta quarta-feira que os ucranianos permanecem "calmos", porque a ameaça não é de agora.

"Não temos medo, seja o que for que esteja previsto, não temos medo de nenhum povo, nenhum inimigo. Não temos medo de quaisquer datas, porque nos vamos defender, tanto a 16 de fevereiro, como a 17 de fevereiro, ou em março, abril, setembro, ou dezembro. Não importa nem o dia, nem o mês", afirmou Zelenskyy, numa declaração dirigida às tropas nacionais.

Já a Bielorrússia avança com uma data concreta. Minsk garante a saída todos os soldados russos em manobras militares no território a 20 de fevereiro, dia previsto para a conclusão dos exercícios conjuntos entre os dois países.

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