Testemunhos de quem deixou a Ucrânia para se refugiar na Rússia

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De  Galina Polonskayaeuronews
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Estima-se que 90 mil pessoas tenham entrado em território russo nos últimos dias para fugir ao conflito

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O conflito no leste da Ucrânia levou milhares de pessoas a abandonar a região e procurar refúgio na Rússia. Estima-se que mais de 90 mil pessoas tenham atravessado a fronteira para o território russo nos últimos dias.

Kristina foi uma delas, pegou nos dois filhos e partiu rumo ao desconhecido. Para trás ficou o marido a defender a casa.

"À noite, quando nos preparávamos para sair, os miúdos começaram a preocupar-se. Perguntavam pelo pai e porque ficavam sozinhos. Naturalmente estamos todos ansiosos, com os nervos à flor da pele e queremos chorar, mas não funciona assim, porque são crianças. O que vem a seguir? Não sabemos absolutamente nada, queremos todos voltar para casa e temos de estar prontos para ir embora. O reconhecimento é positivo, vai ajudar-nos. A situação pode resolver-se mais depressa."

Um hotel a meio caminho entre a fronteira e a cidade russa de Rostov-on-Don acolhe perto de quarenta deslocados. Irina está aqui com o neto de 9 anos e diz que teve quinze minutos para fazer as malas e partir.

"Há dois dias que havia combates, era muito assustador. As janelas tremiam e toda a gente tinha medo e preocupava-se com as crianças. Mas não valia a pena. Agora pensamos em voltar a casa depressa, não queremos estar aqui. Estamos bem mas queremos regressar a casa. Há oito anos que estamos à espera. Foi para isso que os nossos combatentes morreram, para a Rússia finalmente nos reconhecer. Para sermos russos, porque não há volta a dar."

Para quem procurou proteção em território russo, Vladimir Putin está longe de ser uma ameaça e é visto como salvador. Alexandra, deslocada de 83 anos, admite ter ficado contente com o reconhecimento do Presidente russo, uma vez que ele vai ser amigo das Repúblicas autoproclamadas e ajudar a aumentar as pensões.

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