Chefe da diplomacia russa e representantes das auto-proclamadas repúblicas separatistas discutem abertura de representações diplomáticas
O chefe da diplomacia russo reuniu-se esta sexta-feira com representantes das auto-proclamadas repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk.
Sergei Lavrov afirmou que Moscovo não podia ficar indiferente ao que designou como "pedidos diretos" dos separatistas para uma intervenção.
"Todos estes anos, os nossos colegas ocidentais defenderam o regime ucraniano de forma consistente, ignorando os crimes militares cometidos contra a população civil, ignorando o assassinato de mulheres, crianças e idosos, a destruição das infraestruturas civis e a promoção silenciosa e rápida do neo-nazismo e russofobia, que levaram o país a esta tragédia", disse o chefe da diplomacia russa.
O ministro dos negócios estrangeiros da auto-proclamada República Popular de Lugansk acusou a Ucrânia de ter recusado qualquer forma de diálogo e de não ter cumprido as obrigações assumidas.
"Não houve outra escolha. As conversações de paz de Minsk foram completamente bloqueadas pela Ucrânia. A rejeição absoluta de qualquer forma de diálogo connosco em Minsk, a rejeição absoluta do cumprimento das obrigações assumidas anteriormente, estas foram as cincunstâncias que levaram a esta situação, foi quando nos virámos para a federação Russa para pedir ajuda", adiantou Vladislav Deinego, representante diplomático da auto-proclamada República Popular de Lugansk.
Durante o encontro, o chefe da diplomacia russa discutiu a abertura de embaixadas das repúblicas separatistas em Moscovo e vice-versa.