Sanções contra a Rússia dividem opiniões na União Europeia

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Exclusão da Rússia do sistema de pagamentos SWIFT continua a não fazer parte das sanções o que desagrada vários líderes europeus

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Os líderes europeus anunciaram novas sanções contra a Rússia, mas o bloco comunitário está dividido entre a maioria dos Estados-membros, que entende que as sanções paralisarão lentamente a economia russa, e os que insistem que as medidas não são suficientemente duras para deter a agressão do presidente Vladimir Putin.

A pedido de França, Alemanha e Itália - preocupados com relações comerciais - a União Europeia não puxou de uma carta crítica: a exclusão da Rússia do sistema de pagamentos internacionais SWIFT.

Algo que está longe de agradar, dizem os analistas.

"Se a Rússia não puder mais participar ativamente do sistema financeiro internacional, isso terá um grande impacto. Torna muito difícil administrar instituições financeiras dentro da Rússia e corta, de forma muito eficaz, o financiamento externo. Então, acho que isso é algo que teria ajudado", sublinhou, em entrevista à Euronews, Fabian Zuleeg, do think tank Centro de Política Europeia.

Fontes diplomáticas falam na possibilidade da medida poder constar de um terceiro pacote de sanções contra a Rússia.

Entre as medidas acertadas esta quinta-feira, as importações de petróleo e gás também ficaram à margem.

O que quer dizer que a principal fonte de receita de Moscovo continuará intacta.

Na prática, o preço das medidas esmagadoras também só deverá começar a fazer-se sentir a médio prazo, como explicou Micheál Martin, primeiro-ministro da Irlanda: "com o tempo, as sanções terão impacto. Não interromperão o que a Rússia está a fazer atualmente à Ucrânia, mas representam uma mudança fundamental na atitude e na abordagem dos europeus em relação à Rússia, daqui em diante."

Estima-se que as sanções financeiras atinjam 70% do setor bancário russo.

Já as restrições às exportações incluem um bloqueio ao envio de semicondutores e de peças suplentes para aeronáutica, o que pode impactar as companhias áreas russas, à medida que os aviões se deterioram.

Em conjunto, as sanções pretendem provocar uma lenta erosão nos padrões de vida que, esperam os líderes europeus, pode estimular o descontentamento popular e ameaçar o regime do presidente russo Vladimir Putin.

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