Rússia assiste a fuga das multinacionais ocidentais

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Cada vez mais empresas saem do país ou interrompem atividade em resposta à invasão da Ucrânia

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A partir desta quarta-feira, tornou-se impossível comprar qualquer produto Apple numa loja oficial da marca na Rússia.

Todas as lojas permaneceram fechadas, depois do gigante tecnológico ter anunciado a decisão de interromper as vendas e exportações para o país, bem como serviços como o Apple Pay, em solidariedade com a população ucraniana.

Ninguém sabe por quanto tempo, mas há quem acredite que isso poderá ser benéfico para a concorrência.

Ben Wood, chefe analista da CCS Insight:"O que será interessante agora é ver se fabricantes chineses vão preencher o vazio deixado pela Apple e outras marcas de produtos eletrónicos. Não sabemos como vai funcionar, nem qual será a atitude da China face às sanções. Mas suspeito bastante que vamos assistir a um incremento do volume de algumas marcas chinesas no mercado russo."

A Apple é apenas uma das mais recentes multinacionais a decidir interromper o funcionamento na Rússia, ou deixar o país, em resposta à invasão da Ucrânia.

A transportadora dinamarquesa Maersk anunciou que vai deixar de encaminhar produtos de e para a Rússia que não sejam considerados essenciais.

No setor energético, a BP, Shell e ExxonMobil decidiram vender participações e abandonar projetos. A francesa Total vai manter-se para já no país, mas decidiu não efetuar qualquer novo investimento.

Na indústria automóvel, Ford, BMW, Volkswagen e Volvo foram algumas das marcas a anunciar o cancelamento de entregas e a suspensão da produção na Rússia.

Vários bancos, como o Barclays e o HSBC também anunciaram a saída do país e a lista continua a aumentar.

Em poucos dias, trinta anos de investimento por parte de empresas ocidentais evaporam-se debaixo dos olhos do Kremlin. Se uns temem sanções, outros pesam os riscos para a reputação que significaria continuar a fazer negócios na Rússia.

Situação a 02 de Março de 2022:

Apple - saída total do mercado e Apple Pay totalmente bloqueado;

Adidas - recusa trabalhar com a equipa nacional de futebol;

Audi - saída do mercado;

Amazon - proibição total de todo o comércio a retalho;

Adobe - totalmente bloqueado;

British Petrolium - saída da Rosneft com 20% das acções que detém actualmente;

BBC - retirada da licença de difusão;

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BMW - encerramento de todas as fábricas e bloqueio de expedições;

Boeing - saída do mercado;

Chevrolet - em processo de saída do mercado;

Festival de Cannes - delegação russa bloqueada;

Cadillac - saída do mercado;

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Carlsberg - limite à exportação;

Cex Io - a plataforma criptográfica está a proibir os utilizadores russos;

Coca Cola - deixou o mercado;

Danone - saiu do mercado juntamente com a sua subsidiária "Prostokvashino";

Disney - vai deixar de lançar todos os filmes;

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Dell - saiu do mercado;

Dropbox - deixará de trabalhar no país dentro de alguns dias;

DHL - sairá do mercado;

Ericsson - saída do mercado;

Etsy - todos os saldos de contas bloqueados nas contas russas;

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Facebook - proibição das contas dos meios de comunicação social russos;

FedEx - suspendeu todos os envios;

Fórmula 1 - cancelou o Grande Prémio a realizar em Sochi;

Ford - suspendeu as vendas;

Google Pay - parcialmente bloqueado;

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Google Maps - informação bloqueada dentro da Rússia;

General Motors - suspendeu as exportações;

HP - suspendeu as exportações de produtos para a Rússia;

Harley Davidson - suspendeu os envios para a Rússia;

Instagram - bloqueou a propaganda russa;

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Intel - proibiu o fornecimento de microchips;

Jaguar - abandonou o mercado;

Lenovo - abandonou o mercado russo;

LinkedIn - preparativos em curso para deixar o país;

Comité Olímpico Internacional - cancelamento de todos os eventos desportivos na Rússia;

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Mastercard - suspensão da emissão de novos cartões, bloqueio de cartões de vários bancos sancionados;

Maersk - suspensão das entregas de e para a Rússia;

Mercedes - saída do país;

Mitsubishi - despedimento de empregados de 141 centros de serviço;

NHL - proibição total para os jogadores da Rússia;

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Netflix - bloqueio de assinaturas da Rússia;

Nike - encerramento de todas as lojas;

Nestlé - encerramento de todas as 6 fábricas na Rússia;

OnlyFans - desactivação dos serviços;

Paysera - encerramento das contas dos clientes russos;

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PayPal - bloqueou as saídas de pagamentos;

Paramount - bloqueou lançamentos e distribuição de filmes;

Play Station - impossível de fazer o pagamento dos serviços;

Pornhub - acesso interdito a todo o conteúdo;

Porsche - abandonou o mercado;

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Renault - abandonou o mercado;

Snapchat - saída da aplicação na Rússia e Bielorrússia;

Scania - saiu do mercado;

Shell - rescindiu o acordo com a Gazprom;

Spotify - a possibilidade de pagar a subscrição está bloqueada;

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Twitter - os cidadãos da Rússia não podem registar contas.

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