Ataque a central nuclear pode ser um "crime de guerra"

Central nuclear ucraniana de Zaporizhzhia que foi alvo de ataque
Central nuclear ucraniana de Zaporizhzhia que foi alvo de ataque Direitos de autor Olexander Prokopenko/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved.
De  Nara Madeira com AP, AFP
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EUA dizem que ataque a central nuclear ucraniana poderá ser visto como "crime de guerra", Rússia nega acusações.

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Os EUA dizem que o ataque contra uma central nuclear na Ucrânia, a maior da Europa, atribuído à Rússia é, possivelmente, um "crime de guerra" e uma "irresponsabilidade" e exortava o Kremlin a cessar todas as operações perto de instalações nucleares. 

Por seu lado, Moscovo recusava as acusações, ainda que admitisse combates nessa área. O representante russo nas Nações Unidas, Vasily Nebenzia, afirmava que estão a tentar "apresentar os factos como se a Central Nuclear de Zaporizhzhia tivesse sido bombardeada pelos militares russos", uma situação que levou à deflagração de um incêndio. "Estas afirmações são simplesmente falsas", garantia acrescentando, como forma de justificação, que a "cidade de Enerhodar, a Central Nuclear de Zaporizhzhia, ou ZNPP, e os territórios adjacentes foram tomados pelo exército russo e estão sob o seu controlo desde o dia 28 de fevereiro".

A representante dos EUA no Conselho de Segurança da ONU falava numa "enorme ameaça para toda a Europa e para o mundo".Linda Thomas Greenfield dizia que estão "seriamente preocupados" que os operadores ucranianos desta central "estejam agora a fazer o seu trabalho sob extrema coação". O ataque russo "colocou a maior potência nuclear da Europa em grave risco", afirmava. "Foi incrivelmente imprudente e perigoso, e ameaçou a segurança dos civis em toda a Rússia, Ucrânia e Europa", concluia Greenfield.

Na conferência de imprensa após reunião dos chefes das Diplomacias da UE, Josep Borrell adiantava que a UE discutiu possíveis novas sanções contra a Rússia, mas não tomou qualquer decisão, enquanto se aguarda o efeito total das medidas já tomadas.

"Considerámos que novos pacotes de sanções podem ser decididos. Podemos aumentar o número de bancos russos excluídos do SWIFT, mas não tomámos uma decisão específica sobre um ou outro banco".
Josep Borrell
Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros

A China, que tem mostrado algum apoio a Moscovo, ia dizendo que a _"_comunidade internacional deve manter a cabeça fria e permanecer racional". O embaixador chinês na ONU Zhang Jun, alertava que "não devemos acrescentar combustível ao fogo" e apelava ao diálogo.

Outras fontes • UNTV

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