Refugiados ucranianos desesperam em longas filas na Bélgica

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Pessoas que conseguiram escapar à guerra na Ucrânia procuram reconhecimento de estatuto de proteção temporária na União Europeia mas enfrentam filas a perder de vista em centros de recepção

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Os refugiados ucranianos que chegaram à Bélgica enfrentam outro calvário assim que se apresentam em centros de recepção para se registar e requerer o estatuto para proteção temporária na União Europeia: filas a perder de vista, que avançam a passo de caracol.

Desde segunda-feira, está a funcionar em Bruxelas um sistema para apoiar e tratar dos processos de quem chega, mas, neste momento, as autoridades não conseguem dar resposta a tanta procura.

"Acordámos às 03h00 e chegámos aqui [ao centro de apoio] às 05:00. Esperamos conseguir alguma coisa hoje. Não vamos embora porque não podemos vir aqui todos os dias desde Tournai, a 90 quilómetros de Bruxelas, porque as crianças ficam muito cansadas", sublinhou, em entrevista à Euronews, a refugiada ucraniana Natalia Tsurkan.

Antes do início da guerra na Ucrânia, os cidadãos do país estavam autorizados a permanecer no território da União Europeia durante um período de até três meses, sem direito a trabalhar.

Mas com o "acordo histórico" recente, entre os Estados-membros, para ativar a diretiva que permite conceder proteção temporária de até três anos a refugiados no bloco, muitos ucranianos poderão trabalhar, estudar e ter acesso aos sistemas de saúde na União Europeia.

Bruxelas está agora reunir os fundos para ajudar os Estados-Membros a financiar a ajuda a estes refugiados.

A ideia é mobilizar recursos do orçamento comunitário que não foram utilizados, como explicou o eurodeputado búlgaro do grupo do Partido Popular Europeu, Andrey Novakov: "existem sobras disponíveis. Há dinheiro que foi distribuído entre os Estados membros e que não foi usado, por causa do coronavirus, ou por outras razões. Continua no envelope dos Estados-membros e está por usar".

A agência para os refugiados da Organização das Nações Unidas (ACNUR) estima que em apenas duas semanas de conflito dois milhões de pessoas já fugiram da Ucrânia. Metade são crianças.

Motivos suficientes para a Comissão Europeia também preparar, em contra relógio, respostas educativas.

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