Solidariedade europeia na fronteira entre Polónia e Ucrânia

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Voluntários chegam de vários pontos da Europa prontos para ajudar os ucranianos a ultrapassar os desafios provocados pela invasão russa ao seu país.

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Chegam a Przemsyl, na fronteira polaca com a Ucrânia, com cartazes, oferecendo bens e lugares nas suas viaturas para quem quer partir. É uma multidão de voluntários estrangeiros que conduziram durante horas para apoiar os refugiados ucranianos.

Um autocarro italiano chegou a este terminal polaco com voluntários, que partiram do sul do país, para levar cerca de quarenta pessoas consigo. Antonio Maglione, presidente da Associação Gigi Ghirotti Basilicata, referia que "e__m Itália existem cerca de oito mil municípios, se 50% deles enviarem um autocarro, poderão retirar 200.000 pessoas daqui".

Olexsandra Mazharola está entre os passageiros que se dirigem para Itália. Ela deixou a cidade de Kharkiv, no meio de bombardeamentos, com a sua bebé de apenas um mês. Decidiu partir "porque não era seguro" para a sua filha, para os seus pais e para si, ficar no país. Mas parte com o coração partido porque o marido ficou para trás: "Decidiu ficar e por isso espero que voltemos dentro de alguns meses, porque sentimos realmente a falta dele. Queremos voltar para a Ucrânia" - dizia a jovem, em lágrimas.

A enviada da euronews referia que é _"_impossível saber quantas pessoas" chegaram "de toda a Europa para ajudar os refugiados ucranianos na fronteira polaca". Mas que acrescentava que "uma coisa é certa, a iniciativa privada está a mostrar o poder da solidariedade".

Norbert Blattner levou um dia a fazer a viagem desde Estugarda. Nem tinha espaço suficiente para trazer todos os bens que os seus amigos reuniram para os refugiados. Mas, "o mais difícil" é que queriam "levar pessoas" para a Alemanha e não sabiam onde poderiam alojá-las. Mas depois de procurar soluções acabou por receber cinco respostas positivas: "Vamos levar pessoas e até cães e gatos", referia.

Elizaveta Zaichuk encontrou uma boleia para toda a sua família numa comitiva de três carrinhas que chegou da Alemanha. Também ela parte mas deixa parte da sua vida para trás. 

"Os nossos homens foram para o exército e nós temos de ir para a Polónia e Alemanha porque em Kiev, na Ucrânia, existe um grande problema: Putin matou o nosso povo. Matou crianças, tantas crianças".
Elizaveta Zaichuk
refugiada ucraniana

Foram 1,2 milhões os refugiados ucranianos que atravessaram a fronteira para a Polónia nos primeiros 12 dias de guerra. Para a maioria deles, esta é a primeira escala segura antes de seguirem viagem.

Outras fontes • Monica Pinna

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