Perante uma guerra, pandemia de covid-19 passa para segundo plano

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Quem foge da Ucrânia diz que o conflito "é bem pior para a humanidade" do que o vírus

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Num cenário de guerra, a pandemia passou para segundo plano. Milhares de refugiados chegam à Polónia todos os dias, sem máscaras e sem prova de vacinação contra a covid-19.

Desde que a guerra começou na Ucrânia, as pessoas foram autorizados a entrar na Polónia sem ter de mostrar certificados digitais covid-19.

O chefe da missão Urban Search and Rescue, que está na fronteira a lidar com o processo de chegada das pessoas, diz que a covid não tem a menor importância perante esta crise. Aponta a hipotermia e as crianças pequenas como os desafios diários de quem chega a outro país com uma mochila.

Também os refugiados colocaram o vírus no passado, desde que a guerra começou.

Julia Vlasik, ucraniana refugiada de guerra, diz que covid-19 "é uma doença real", mas depois do conflito ter começado tudo mudou. Acrescenta que "a guerra é bem pior para a humanidade do que a covid-19".

A ofensiva na Ucrânia forçou mais de 2 milhões e meio de pessoas a fugir e procurar refúgio em noutros países, mas apesar das tropas russas continuarem a invadir o país vizinho, alguns decidiram voltar para casa.

Como é o caso de Klara Uliganich, uma ucraniana de 60 anos. Klara chegou à Hungria com a primeira onda de refugiados. Depois de passar quase três semanas no lado húngaro da fronteira, decidiu voltar para casa em Uzhhorod, uma cidade ucraniana, distanciada da zona de conflito.

Conta ter "um pressentimento que a faz voltar", mesmo contra vontade dos filhos, e diz saber que Putin não a vai "esperar com flores".

São muitos mais os comboios cheios a chegar do que os que partem para a Ucrânia. Mas há quem volte, tal como Klara, para o país do coração.

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