Hungria é membro da NATO desde 1999 mas Viktor Órban tem uma boa relação com o Presidente russo, Vladimir Putin
O feriado nacional da Hungria foi festejado a preceito esta terça-feira, com milhares de pessoas a exibirem as cores do país nas ruas de Budapeste. A principal atração foi o discurso de Viktor Órban, em plena campanha eleitoral à procura de um quarto mandato consecutivo na liderança do governo.
Entre críticas à oposição, o primeiro-ministro húngaro também falou da Ucrânia. Disse que não tinham "nada a ganhar mas tudo a perder com esta guerra", realçando a importância de ficar de fora, uma vez que "nenhum húngaro podia ser apanhado entre a bigorna ucraniana e o martelo russo".
O motivo da mobilização, no entanto, não foi a invasão russa da Ucrânia. O feriado nacional deste ano foi mais virado para a política do que é habitual. A três semanas das eleições gerais, todos os partidos quiseram mostrar que têm uma enorme base de apoio.
Na margem oposta do Danúbio juntou-se a maior força da oposição, uma coligação de seis partidos liderada por Péter Márki-Zay, que desvalorizou o favoritismo de Órban nas sondagens.
Disse que essas notícias não o incomodavam uma vez que pertencia à classe de "políticos que nunca vencia sondagens", e destacou que também "nunca tinha perdido umas eleições a sério".
As eleições na Hungria estão marcadas para 3 de abril. Pela primeira vez desde que chegou ao poder, em 2010, Viktor Órban vê a liderança ameaçada devido à união entre as principais forças da oposição.