Portugal, Itália, Espanha e Grécia unidos para travar a crise europeia da energia

António Costa, Mario Draghi e Pedro Sánchez juntos em Roma
António Costa, Mario Draghi e Pedro Sánchez juntos em Roma Direitos de autor AP Photo/Gregorio Borgia
De  Francisco MarquesGiorgia Orlandi
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O primeiro-ministro António Costa acertou com Mario Draghi, Pedro Sánchez e Kyriako Mitsotakis uma exigência para apresentar no Conselho Europeu da próxima semana

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O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, esteve esta sexta feira em Roma com os homólogos de Itália, Espanha e, por videochamada, com o da Grécia para preparar o combate europeu à subida dos preços da energia.

A crise energética será um dos tópicos principais do Conselho Europeu da próxima semana, que será certamente dominado pela invasão russa na Ucrânia e as respetivas consequências.

O anfitrião, Mario Draghi, disse terem sido debatidos muitos problemas comuns" aos países do sul da União Europeia nesta cimeira mediterrânica, mas sublinhou que a recorrente subida do custo da energia é o mais urgente, num agravamento agora acentuado pelas sanções à Rússia, ainda um dos principais fornecedores de gás e petróleo de boa parte dos "27".

"A União Europeia reagiu com união e determinação à agressão contra a Ucrânia. Agora temos de encontrar a mesma união e determinação para enfrentar as nossas próprias crises. São muitas. A energia é uma delas, mas não a única", afirmou Draghi, sublinhando "a convergência natural de pontos de vista" nesta reunião em Roma.

Pelas redes sociais, o primeiro-ministro português salientou a necessidade da "fixação de um preço de referência máximo para o gás evitando a contaminação do preço da eletricidade pela subida do preço do gás".

António Costa diz, contudo, que o quarteto do sul da UE pretende evitar colocar em risco o abastecimento de países que dependem do fornecimento do gás.

Há alguns dias, Espanha mostrou-se disponível para se tornar no principal distribuidor de gás natural para o norte da União Europeia.

Portugal também têm algumas ambições neste processo através do Porto de Sines, por onde tem entrado na Europa alguns fornecimentos de gás natural russo e que pode tornar-se agora numa "torneira" importante para os Estados Unidos.

A correspondente da Euronews em Roma ditou o primeiro-ministro italiano ao dizer que o "o objetivo desta cimeira" era "alcançar um acordo preventivo".

"Mario Draghi sublinhou ainda a importância da costa sul do continente no abastecimento do resto da Europa, mas também no trabalho necessário para a diversificação das fontes de energia e das renováveis. Isto para reduzir a dependência europeia da Rússia", concluiu a jornalista Giorgia Orlandi

Outras fontes • Ansa

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