Rebeldes Houthis do Iémen anunciam cessar-fogo temporário

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De  euronews com AP, Lusa
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Decisão chega depois dos vários ataques condenados pela ONU

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Os rebeldes Houthis do Iémen anunciaram um cessar-fogo de "três dias" dos "ataques com mísseis e drones [aparelhos não tripulados] no país e na Arábia Saudita, indicou, numa declaração difundida na rede social Twitter, o porta-voz dos rebeldes Mohammed Abdelsalam, que citou um responsável do movimento Mahdi al-Mashat.

Esta trégua, que inclui a troca de prisioneiros, poderá tornar-se num "compromisso definitivo e permanente", se a Arábia Saudita levantar "o bloqueio" ao Iémen, terminar com os ataques aéreos e retirar as "forças estrangeiras" de solo iemenita, acrescentou Mohammed Abdelsalam.

Em 2014, os Houthis revoltaram-se contra o Governo do Iémen e assumiram o controlo de Sanaa e de províncias do norte e oeste do país. No ano seguinte, uma coligação militar liderada pela Arábia Saudita envolveu-se no conflito.

Nações Unidas condenam ataques

Depois dos ataques, a ONU reagiu. "O secretário-geral condena firmemente a recente escalada do conflito no Iémen", declarou o porta-voz da ONU Stephane Dujarric, em comunicado.

"Quando o conflito entra no oitavo ano, o secretário-geral reitera os apelos a todas as partes para que exerçam contenção máxima" e "cheguem urgentemente a um acordo negociado para terminar o conflito", acrescentou.

O conflito no Iémen opõe, desde 2014, as forças governamentais, ajudadas por uma coligação internacional liderada por Riade, e o movimento político-religioso dos Houthis, oficialmente denominado Ansar Allahi, apoiados pelo Irão.

Na sexta-feira, os Houthis efetuaram novos ataques contra a Arábia Saudita, um dos quais causou, sem fazer vítimas, um gigantesco incêndio em instalações petrolíferas em Jeddah, nas proximidades do circuito de Fórmula 1, onde decorre o Grande Prémio da Arábia Saudita.

A coligação militar respondeu com uma série de bombardeamentos aéreos, na madrugada de sábado, contra zonas detidas pelos Houthis em Sanaa (norte) e Hodeidah (oeste), causando pelo menos oito mortos.

A ONU considera esta guerra, que já causou mais de 100 mil mortos, sobretudo civis, originou uma das piores crises humanitárias do mundo.

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