Bruxelas acolhe hoje cimeiras extraordinárias da NATO, G7 e União Europeia, todas centradas na invasão russa
Diplomacia ao rubro, ao mesmo tempo que se assinala um mês de guerra na Ucrânia, sem fim à vista para o conflito.
Bruxelas é esta quinta-feira palco de três cimeiras extraordinárias, da NATO, do G7 e da União Europeia, todas centradas na invasão russa.
À chegada ao encontro da Aliança Atlântica, o secretário-geral Jens Stoltenberg, frisou que se trata da "mais grave crise de segurança numa geração" e sublinhou que o presidente russo Vladimir Putin "cometeu um grande erro" ao "lançar uma guerra contra uma nação independente e soberana, [...] subestimando a coragem do povo ucraniano."
Stoltenberg deixou claro, no entanto, que não é questão para a Aliança Atlântica uma intervenção militar na Ucrânia, nem a imposição de uma zona de exclusão aérea sobre o país, como tem pedido Kiev.
O secretário-geral da NATO disse que "declarar uma zona de exclusão aérea significaria que é preciso impô-la, o que significaria atacar de forma massiva o sistema de defesa aérea russo na Rússia, Bielorrússia e Ucrânia e também estar preparados para abater aviões russos, com o risco bastante elevado de uma guerra em larga escala entre a NATO e a Rússia, que significaria mais mortes e destruição."
Stoltenberg aproveitou ainda a ocasião para deixar um aviso ao Kremlin, assinalando que um ataque químico russo na Ucrânia "mudaria significativamente a natureza" do conflito.