Um mês de guerra na Ucrânia

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Invasão russa mudou a vida de milhões de ucranianos a 24 de fevereiro de 2022

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Sirenes, estrondos e fumo no horizonte. O impensável materializa-se a 24 de fevereiro de 2022. A guerra eclode, milhares de soldados russos invadem a Ucrânia a partir do Norte, do Leste e do Sul. Em poucas horas, ocupam a central elétrica de Chernobyl. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy decreta a a Lei Marcial e ordena a mobilização geral de todos os homens maiores de 18 anos.

Nos dias que se seguem, o Ocidente anuncia um rol de sanções sem precedentes contra a Rússia, desconectando-a do sistema financeiro internacional. Vladimir Putin coloca as suas forças de dissuasão nuclear em alerta máximo.

A resistência ucraniana e inesperadamente feroz e resiliente. Volodymyr Zelenskyy recusa sair de Kiev e multiplica as mensagens patrióticas e pedidos de ajuda à comunidade internacional através das redes sociais

As tropas russas ganham terreno no Leste e no Sul, conquistam de Kherson, a Norte da Crimeia, a primeira grande cidade ucraniana a cair, mas a população mostra claramente estar contra a ocupação.

Dois dias mais tarde, após duros combates, as tropas russas tomam a central nuclear de Zaprorizhzhia, a maior da Europa. A preocupação cresce junto da comunidade internacional.

Entretanto, mais de um milhão de pessoas, quase todas mulheres e crianças, já fugiram do país. A maioria encontra refúgio na Polónia.

A invasão ainda mal começou, mas a frustração do exército russo vê-se do espaço... imagens de satélite mostram uma gigantesca coluna militar bloqueada na estrada em direção a Kiev.

Surge o espetro de uma guerra sangrenta ao estilo do que aconteceu na Chéchénia ou na Síria: Moscovo impõe um cerco impiedoso e bombardeia maciçamente a cidade portuária de Mariupol, na costa do Mar de Azov. Uma maternidade e um hospital pediátrico são atingidos. Uma semana depois, as bombas destroem um teatro convertido em abrigo, onde centenas de civis estavam refugiados. A maioria das tentativas para abrir corredores humanitários falha e Mariupol começa a enterrar as vítimas em valas comuns.

Transformado praticamente num pária na cena política internacional, o presidente russo mistura-se com a multidão em Moscovo no 8º aniversário da anexação da Crimeia...

Passou um mês desde a invasão, a guerra continua... Há milhares de mortos de ambos os lados, e muitos deles são civis ucranianos. O número de refugiados aproxima-se dos 4 milhões, há quase 3,5 milhões de deslocados internos e o diálogo dos surdos prossegue quanto a um possível cessar-fogo.

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