Ucrânia, o "celeiro da Europa" que se diz preparado contra a fome

Ucrânia, o "celeiro da Europa" que se diz preparado contra a fome
Direitos de autor Vitaly Timkiv/AP
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De  Euronews
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Produtor de cereais ucraniano garante haver cereais suficientes para alimentar o país, mas admite dificuldades na exportação. Obstáculos à saída de bens alimentares está já a agrava fome nos países mais pobres do mundo.

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Alheio a guerras e à vontade dos homens, o campo segue o ciclo natural da vida. Com o início da primavera e a chegada do tempo ameno, é tempo de plantar na Ucrânia. Conhecida como "o celeiro da Europa", é um dos pilares da estabilidade alimentar em todo o mundo

No sul do país, perto da fronteira com a Roménia, ficam terras que Alexander Petkov conhece bem. Agricultor de profissão, conta que ali se cultiva "trigo, cevada, colza, girassóis e ervilhas", aquilo a que chama "uma pequena variedade de culturas" cujo crescimento diz ser beneficiado pelo clima local. 

Nesta parte da Ucrânia, o conflito ainda nâo chegou. Mas com a Marinha russa posicionada ao longo da costa, é quase impossível fazer sair navios carregados com cereais para exportação.:

"Sem exportações, vamos parar seja como for. Isto é, não vai haver moeda, não vamos ter forma de pagar a todos. Mas a Ucrânia nunca vai passar fome; os cereais nas zonas onde agora podemos semear, a quantidade de cereais e produtos vão ser suficientes para garantir que não haverá fome na Ucrânia", afirma o agricultor.

A Ucrânia e a Rússia são dos maiores exportadores de trigo. Juntas fornecem 30% do cereal vendido em todo o mundo. Mas enquanto um país não vai poder cultivar em grande parte do território, o outro terá de enfrentar uma chuva de sanções internacionais.

O aumento dos preços dos cereais e dos combustíveis vieram já agravar as crises alimentares em países como o Iémen, a Etiópia ou o Afeganistão, os primeiros a sentir "o furacão da fome" que, de acordo com a ONU, vai atingir os países mais pobres do mundo.

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