Cinema asiático em força no Fantasporto 2022

Imagem de "xxxHolic"
Imagem de "xxxHolic" Direitos de autor Far East Films
De  Ricardo Figueira
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A edição deste ano deu que falar pela desprogramação de um filme russo e inclusão de um filme da Ucrânia, em solidariedade para com as vítimas da guerra,

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Já na edição número 42, o Fantasporto (Festival Internacional de Cinema do Porto) está de volta e decorre no Rivoli até sábado dia 9.

O cinema da Ásia, sobretudo do Japão, de onde saíram os vencedores das últimas duas edições, está mais uma vez em destaque, com um grande número de filmes. "xxxHolic", adaptação de um manga muito popular no país, é apresentado como filme de abertura, em antestreia mundial.

Ucrânia presente

No encerramento, há "Everything, Nothing and Something Else", uma coprodução entre Ucrânia e Lituânia, cujos direitos de distribuição revertem para a ajuda aos refugiados ucranianos. Em protesto contra a guerra, a direção do festival programou este filme e desprogramou "Vladivostok", produção do estúdio estatal da Rússia, Mosfilm.

Uma decisão que o diretor e fundador do Fantas, Mário Dorminsky, defende das críticas. "Eu considero que isto não é censura, é um ato político. Considero que o Fantas, como qualquer entidade cultural, tem o dever de defender a democracia e chamar a atenção para a defesa da democracia. Foi o que tentámos fazer com esta tomada de posição, algo que nunca foi bem explicado por parte da comunicação social, em particular da portuguesa, porque nunca tomaram em conta que a Mosfilm é o braço armado do audiovisual do Kremlin", disse.

Dorminsky diz não concordar com os ataques a cineastas e artistas independentes russos, que "pelo contrário, devem ser mais apoiados", mas defende o boicote às produções da gigante estatal.

Qualquer entidade cultural tem o dever de defender a democracia e chamar a atenção para a defesa da democracia.
Mário Dorminsky
Diretor do Fantasporto

No que toca ao "terror puro e duro", imagem de marca do festival, "The Exorcism of God", primeira produção norte-americana do venezuelano Alejandro Hidalgo, já galardoado numa edição anterior (com "La Casa del fin de los tiempos", em 2014), é uma das surpresas mais aterradoras. O filme foi número um de bilheteira no Brasil.

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