Praias do Rio de Janeiro reúnem investigadores e pescadores na preservação de cavalos-marinhos

Projeto ambiental no Brasil está a aumentar o número de cavalos-marinhos na natureza
Projeto ambiental no Brasil está a aumentar o número de cavalos-marinhos na natureza Direitos de autor Extrato de reportagem da AP/EURONEWS
De  Euronews com AP
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Um projeto ambiental nascido na universidade desceu às praias do Rio de Janeiro para, em conjunto com a comunidade local, fazer aumentar a espécie ameaçada.

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Guanabara foi durante muito tempo o local mais perigoso do Rio de Janeiro para os cavalos-marinhos. A espécie, que encontrava na baía brasileira um porto de abrigo nas águas turvas protegidas da força do Atlântico, era até há poucos anos um alvo fácil para mergulhadores que apanhavam os animais para venda.

O cenário mudou quando, em 2014, o ministério brasileiro do Ambiente publicou uma portaria a proibir a recolha, manuseamento e armazenamento de espécimes em ambiente natural.

Hoje, os resultados na praia da Urca falam pelo sucesso da medida. Na Universidade de Santa Úrsula, os investigadores comprovam que o número de cavalos-marinhos tem crescido de forma consistente.

Natalie Freret-Meurer, bióloga marinha da instituição, conta que em 2015, havia "dois animais a cada 400 metros quadrados, em 2018, esse número subiu para oito animais a cada 400 metros quadrados, e no ano passado, em 2021, a gente teve 13 animais a cada 400 metros quadrados. Então, a gente consegue ver que depois dessa portaria a gente já teve um resultado bastante importante no aumento dessa população natural".

O aumento só é possível graças ao trabalho com a comunidade local, onde os pescadores desempenham um papel fundamental para a preservação dos cavalos-marinhos.

Manasi Rebouças, pescador da Colónia de Copacabana, explica que "às vezes eles passam e ficam grudadinhos. Então, a gente, ao puxar a rede, às vezes eles vêm junto e a gente devolve; alguns que vêm debilitados a gente tem essa parceria com o projeto "Cavalos Marinhos". Eles vêm, levam para a faculdade para tentar recuperar, fazer a recuperação deles e depois devolvê-los".

O equilíbrio é delicado, mas agora conta com a ajuda de todos para preservar o ecossistema.

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