A Organização das Nações Unidas pediu uma investigação independente aos relatos de violações sexuais cometidos contra mulheres na Ucrânia, numa altura em que surgem provas nas áreas antes ocupadas pelas tropas russas
As Nações Unidas defendem que as mulheres ucranianas precisam de mais proteção, numa altura em que surgem provas de violações e violência sexual em áreas recuperadas das forças russas em retirada.
Assaltos à mão armada, violações coletivas, e estupros cometidos à frente de crianças são alguns testemunhos recolhidos pelos investigadores.
Numa reunião no Conselho de Segurança da ONU, Sima Bahous, directora executiva da ONU Mulheres, manifestou preocupação e pediu uma investigação independente:
"Elena", nome fictício para proteger a sua identidade, é uma das mulheres vítima de violação dos soldados. Esta mulher, deslocada de Kherson, acusa dois soldados russos de a terem violado durante 13 horas, depois de a terem seguido à saída de uma loja.
A violação é considerada um crime de guerra e uma violação do direito internacional humanitário.
O procurador-geral da Ucrânia e o Tribunal Penal Internacional informaram que vão abrir investigações sobre relatos de violência sexual.