Rina Budarina usa as cores como arma de guerra

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De  Bruno Sousa
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Refugiada ensina as crianças que ficaram na Ucrânia a desenhar através da internet

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Desde o início da invasão russa já mais de 5 milhões de ucranianos deixaram para trás o seu país. Um número que inclui Irina e os seus familiares diretos, que há cerca de um mês abandonaram o inferno de Mikolaiv para encontrar a paz em Proceno, no centro de Itália. Antes da guerra, dedicava-se à pintura e ensinava crianças e agora faz o possível para se manter ligada à sua paixão.

"É a minha vida, é o que faço. Não posso viver sem pintar. Percebi isto já há muitos anos e é o que tenho feito desde então", explica a ucraniana, que assina os seus trabalhos como Rina Budarina.

Dedicar-se à pintura foi complicado nos primeiros dias da nova vida mas agora, Irina já voltou a abraçar a pintura para ajudar as crianças que permanecem na Ucrânia. Todos os dias ensina cerca de uma centena de crianças a desenhar através da internet.

Explica que não quer que "as crianças estejam sempre a pensar na guerra", pelo que deixa o tema fora dos seus desenhos e concentra-se em temas simples e infantis, privilegiando os desenhos de animais.

Irina contou com a ajuda de uma associação de voluntários local para reconstruir a sua vida em Itália. O seu relato marcou quem lhe estendeu a mão. Francesca Flamini, da Associação "Mano Tesa", admite ter ficado impressionada com o que viu nos olhos de quem fugia da guerra e acrescenta que "quando conseguimos ver os sentimentos nos olhos, percebemos verdadeiramente o que se está a passar".

A ucraniana pretende agora vender os desenhos para ajudar quem não conseguiu deixar o país. Cada um ajuda como pode no esforço da guerra.

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