Terminou prazo do ultimato russo em Mariupol

Destruição em Mariupol
Destruição em Mariupol Direitos de autor Alexei Alexandrov/AP
Direitos de autor Alexei Alexandrov/AP
De  Ricardo Figueira
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As tropas ucranianas tinham até ao meio-dia de terça-feira para deixarem a fábrica da Azovstal. Perante uma "ofensiva final" no leste, a Ucrânia diz-se preparada.

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Terminou ao meio-dia desta terça-feira o ultimato russo para que as forças ucranianas entrincheiradas na fábrica de aço da Azovstal, em Mariupol, se rendam. O panorama nesta cidade do sudeste da Ucrânia, segundo o vídeo agora divulgado pelo ministério da defesa do país, é de destruição em todo o horizonte. A Ucrânia diz que as forças russas lançaram ataques em toda a linha leste do conflito, mas garante estar pronta.

Oleksiy Arestovych, conselheiro do presidente ucraniano, diz: "As Forças Armadas da Ucrânia estão a operar com perícia. As melhores unidades das forças ucranianas estão concentradas nas zonas de ataques russos. Qualquer tentativa da liderança política da russa de mandar as suas tropas para a morte ao tentar alcançar as fronteiras das regiões administrativas de Luhansk e Donetsk, e vender este feito ao público como um sucesso, irá fracassar".

As melhores unidades das forças ucranianas estão concentradas nas zonas de ataques russos.
Oleksiy Arestovych
Conselheiro presidencial ucraniano

A Rússia aumentou a intensidade dos ataques, em todo o país, nos últimos dias, com o objetivo de deitar abaixo as defesas ucranianas antes da ofensiva decisiva sobre o Donbass. Moscovo intima a Ucrânia a render-se e diz que são as potências ocidentais quem está a prolongar a guerra, ao fornecer armas a Kiev.

Diz o ministro russo da Defesa Serguei Shoigu: "Os Estados Unidos e os países ocidentais sob controlo americano querem prolongar o mais possível esta operação especial militar. O aumento no volume de entregas de armas demonstra claramente esta intenção de provocar o regime de Kiev a lutar até ao último ucraniano".

As melhores unidades das forças ucranianas estão concentradas nas zonas de ataques russos.
Serguei Shoigu
Ministro russo da Defesa

No lado russo da fronteira, a aldeia de Golovchino, na região de Belgorod, foi atingida por projéteis que fizeram, segundo as autoridades locais, três feridos e deixaram várias casas destruídas. A Ucrânia rejeita responsabilidades e diz que estes ataques são encenações, por parte dos russos, destinadas a justificar novos ataques contra a Ucrânia.

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