Florida retira estatuto especial do parque da Disney após polémica "anti-gay"

"Disney World" sob pressão com a nova lei a ser decretada em junho
"Disney World" sob pressão com a nova lei a ser decretada em junho Direitos de autor AP Photo/John Raoux, Arquivo
De  Francisco Marques
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Estado republicando acaba com estatuto especial da "Disney World" e obriga parque de Orlando a silenciar referências a orientações sexuais e identidade de género

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O parlamento do estado da Florida, nos Estados Unidos, aprovou dois projetos-lei para suspender o estatuto especial do parque temático "Disney World", em Orlando.

O processo foi aprovado no senado com 23 votos contra 16 e está agora à espera da ratificação pelo governador republicano Ron DeSantis e deve passar a lei em junho, pondo fim a 55 anos de autonomia administrativa de um dos parques temáticos mais famosos do mundo.

O estatuto especial tinha sido conseguido pela criação de um distrito distinto dentro de Orlando, o Reedy Creek Improvement District, que garantia além da autonomia administrativa também uma condição fiscal muito vantajosa para a Disney.

A decisão do parlamento está a ser vista como uma resposta ao boicote do parque "Disney World" a uma lei em vigor no estado de maioria republicana que impede o uso junto de crianças de referências a orientações sexuais ou a identidade de género.

Em março, a Disney anunciou a suspensão de doações políticas ao estado da Florida e revelou o desvio desses fundos para a ajuda a organizações que trabalhassem na oposição à lei descrita como "anti-gay".

A nova lei a ser implementada em junho poderá vir a revelar-se um duro golpe financeiro no distrito gerido pela Disney, com impacto colateral nos pequenos empresários, além de colocar em risco parte dos alegados 60 mil postos de trabalho afetos ao parque "Disney World" em todo o estado da Florida.

O braço de ferro assumido pelo governador da Florida com o parque de Orlando tornou Ron DeSantis num dos mais populares líderes políticos republicanos e num putativo candidato do partido conservador às presidenciais de 2024.

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