Turquia contesta Biden por evocar o genocídio arménio

Flores depostas no Memorial Tsitsernakaberd, em Erevan
Flores depostas no Memorial Tsitsernakaberd, em Erevan Direitos de autor KAREN MINASYAN/AFP
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Ancara protestou contra o presidente americano por este evocar o massacre sistemático na I Guerra Mundial

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A data de 24 de abril representa o dia em que os arménios recordam os massacres às mãos do Império Otomano durante a Primeira Guerra Mundial

As comemorações estendem-se um pouco por todo o lado. Em altura de guerra na Ucrânia, a palavra "genocídio" tem sido evocada e o exemplo arménio, recordado. 

Os políticos turcos querem manter-nos em silêncio. Mas não vamos ficar em silêncio. Vamos continuar a homenagear os nossos antepassados.
Garo Paylan
Partido Democrático dos Povos (HDP)

Numa Turquia onde este assunto é muito controverso, as celebrações em Istambul enfrentaram os seus próprios obstáculos.

"Infelizmente, o governador proibiu a comemoração que estava prevista durante a noite. Nós não alterámos nada, foi a política interna turca que decidiu mudar as coisas. Os políticos turcos querem manter-nos em silêncio. Mas não vamos ficar em silêncio. Vamos continuar a homenagear os nossos antepassados", garante Garo Paylan, deputado do Partido Democrático dos Povos (HDP).

Para Meral Yildiz, da Organização das Celebrações 24 de abril, "é importante confrontar o passado. Se não houvesse uma celebração do genocídio arménio a 24 de abril, não haveria fim para toda esta dor. O que fizeram aos arménios, e mais tarde aos curdos e alevitas, é o que estão a tentar fazer agora aos migrantes sírios".

O presidente americano, Joe Biden, voltou a evocar nesta data as palavras "genocídio arménio", para grande contestação da parte de Ancara, que continua a negar firmemente a existência de um plano de erradicação sistemática em 1915.

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