Estará a União Europeia apta para a nova geração?

Conferência sobre o Estado da União, em Florença
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Estará a UE apta para a nova geração? Esta foi a pergunta a que políticos e académicos tentaram dar resposta na conferência sobre "O Estado da União"

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Primeiro a pandemia; agora a guerra na Ucrânia. A União Europeia vive os maiores desafios da sua história.

Oradores de todo o mundo abordaram, em Florença, na conferência sobre "O Estado da União", o momento atual, tentando responder à questão: Estará a Europa apta para a próxima geração?

Para além de encontrar soluções, é preciso, em permanência, superar as diferenças e promover a unidade.

Roberta Metsola, a presidente do Parlamento Europeu, afirma: "Para mim, estes dias são os mais importantes, essa unidade precisa de continuar, deve ser projetada e, se não o fizermos, então, não teremos falhado apenas a uma população corajosa que luta pela Europa, que luta pela sua integridade territorial, pela sua soberania contra o ataque e invasão mais brutais por parte da Rússia, mas também teremos falhado como líderes políticos".

O Estado de direito, a migração e a crise climática foram algumas das principais questões do primeiro dia de conversações e a guerra na Ucrânia trouxe para o topo da agenda a política energética dos 27.

Jos Delbeke, do Instituto Universitário Europeu, diz que: "A boa notícia é que aquilo que fazemos já hoje, para implementar a nossa política climática, vai na mesma direção porque reduz a nossa dependência dos combustíveis fósseis, e particularmente do gás, petróleo e carvão que estamos a importar da Rússia".

A vice-primeira-ministra belga, Petra de Sutter, acredita que as lições aprendidas no passado pelos governos nacionais podem abrir novas oportunidades.

"Juntos somos mais fortes e podemos ter melhores condições, como aconteceu com a vacina. A Europa mostrou que podia comprar vacinas de forma coordenada; talvez o possamos fazer no campo da energia, mas é o passo seguinte, claro, pedir aos estados-membros que renunciem a alguma da sua soberania", afirma.

A segurança e as mudanças na ordem mundial também foram temas de reflexão.

Alexander Stubb, do Instituto Universitário Europeu declara: "De facto, num mundo onde tudo pode servir de arma, a economia, as finanças, a informação, a energia, a tecnologia, então a Comissão Europeia e a União Europeia podem, de facto, ser muito mais geopolíticas, pelo que podem usar as sanções como arma, podem, de facto, usar a regulamentação".

"Manter o debate é crucial em tempos de crise. Passaram dois anos desde o início da pandemia com o bloco a enveredar pelo caminho de recuperação só recentemente. Mas a sensação aqui é que por trás de cada desafio há uma oportunidade de crescimento e que a Europa tem obrigatoriamente de estar pronta para o que se avizinha, conclui a repórter da Euronews, que acompanhou os trabalhos da conferência, Giorgia Orlandi.

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