Seca extrema empobrece iraquianos

Água estagnada numa estação de rega, em terras agrícolas na província de Diwaniya, no Iraque
Água estagnada numa estação de rega, em terras agrícolas na província de Diwaniya, no Iraque Direitos de autor HAIDAR INDHAR/AFP
De  Teresa Bizarro
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A braços com uma falta de água sem precedentes, os agruicultores vêem a área agrícola reduzida para metade

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O nível de água nos canais de rega em Diwaniya, no centro do Iraque, é espelho do drama que atravessa o país. A seca severa ameaça não só a paisagem, mas o modo de vida da população. O Estado é o maior comprador de cereais e determina também as áreas a plantar, dependendo da chuva. Este ano, devido à escassez de água, o governo de Bagdad reduziu para metade a área agrícola.

"Neste momento, estou com a minha família sem saber como continuar a viver. Não tenho emprego nem salário. Para onde é que eu vou? O Estado não nos está a ajudar com a questão da água. Temos uma seca e provavelmente não conseguiremos plantar no próximo ano," desabafa Kamel Hamed, agricultor.

Em 2019 e 2020, as colheitas de trigo tinham atingido cinco milhões de toneladas, o suficiente para garantir a "auto-suficiência" do Iraque. Nesta época, o Iraque pode cultivar apenas 2,5-3 milhões de toneladas de trigo, "não o suficiente para um ano inteiro para os iraquianos", reconhecem as autoridades que prevêem ter de importar - com tudo o que isso implica, até porque os preços dos cereais dispararam depois da guerra na Ucrânia.

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