Sinn Féin promete "nova era" na Irlanda do Norte

Michelle O'Neill, líder do Sinn Féin na Irlanda do Norte e candidata a primeira-ministra
Michelle O'Neill, líder do Sinn Féin na Irlanda do Norte e candidata a primeira-ministra Direitos de autor Peter Morrison/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved.
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Negociações para formar novo governo anunciam-se difíceis e há um risco real de paralisação política

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O partido republicano Sinn Féin promete ultrapassar divisões e uma "nova era" para a Irlanda do Norte, depois de uma vitória histórica.

Vinte e cinco anos depois dos Acordos de Sexta-Feira Santa e pela primeira vez em 101 anos, a formação nacionalista, que defende a reunificação da Irlanda, conquistou a maioria no Parlamento e está em posição para designar o primeiro-ministro.

A candidata ao posto e líder do Sinn Féin na Irlanda do Norte, Michelle O'Neill, afirmou que "quem é pela reunificação" vai defender essa posição e encorajou "os que não têm essa perspetiva a unirem-se ao debate, um debate saudável sobre o futuro e sobre o que é melhor para todos".

Na sequência dos acordos de paz de 1998, o executivo deverá ser dirigido em conjunto pelos republicanos nacionalistas e pelos unionistas fiéis à coroa britânica.

Relegado para a segunda posição neste escrutínio, o líder do Partido Unionista Democrático (DUP) Jeffrey Donaldson afirmou que "há aqui uma grande lição para o unionismo: um unionismo dividido não providenciará assentos adicionais em Westminster ou Stormont e essa é a realidade da situação".

Para o vice-primeiro-ministro da Irlanda, a vitória histórica do Sinn Féin não aproxima necessariamente o país de uma consulta popular sobre a reunificação.

Leo Varadkar acredita que há "um número crescente de pessoas que não querem ser definidas por religião, etnia ou identidade nacional" e afirma que, para ele, isso é "realmente encorajante e apresenta uma oportunidade para uma nova Irlanda do Norte no futuro".

O que é certo é que as negociações para a formação do próximo governo anunciam-se difíceis e há um risco real de paralisação política.

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