"A Finlândia deve aderir à NATO sem demora", afirmam presidente e primeira-ministra finlandeses

Primeira-ministra e Presidente da Finlândia
Primeira-ministra e Presidente da Finlândia Direitos de autor Markku Ulander/Lehtikuva
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Chefe de Estado e líder do executivo da Finlândia fizeram uma declaração conjunta, onde reconhecem a importância de uma adesão célere à Aliança do Atlântico Norte. Decisão é tomada após invasão da Ucrânia e ameaças da Rússia.

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Pela primeira vez, sem quaisquer rodeios, a Finlândia admite vontade de aderir à NATO. O presidente e a primeira-ministra finlandeses afirmaram, esta quinta-feira, que o país se deve candidatar a uma adesão à , o mais cedo possível.

Sauli Niinistö e Sanna Marin emitiram um comunicado conjunto em que reconhecem que a entrada na Aliança do Atlântico Norte irá fortalecer a segurança da Finlândia.

Durante esta Primavera, teve lugar um importante debate sobre a possível adesão da Finlândia à NATO. Foi necessário tempo para deixar o Parlamento e toda a sociedade definirem as suas posições sobre o assunto. Foi necessário tempo para contactos internacionais estreitos com a NATO e os seus países membros, bem como com a Suécia. Queríamos dar ao debate o espaço de que este necessitava.

Agora que o momento da tomada de decisões está próximo, declaramos as nossas opiniões em pé de igualdade, também para informação dos grupos e partidos parlamentares. A adesão à NATO reforçaria a segurança da Finlândia. Como membro da NATO, a Finlândia reforçaria toda a aliança de defesa. A Finlândia deve candidatar-se à adesão à NATO sem demora. Esperamos que as medidas nacionais ainda necessárias para tomar esta decisão sejam tomadas rapidamente dentro dos próximos dias.
Sauli Niinistö e Sanna Marin
Presidente e Primeira-ministra da Finlândia

Rússia "não respeita o direito internacional"

Entre a Finlândia e a Rússia estendem-se 1340 quilómetros de fronteira terrestre.

Após a invasão da Ucrânia, - que também não pertence à NATO - e ameaças de Moscovo, Helsínquia começou a ponderar um reforço da Defesa.

A adesão à aliança militar, assegura o governo finlandês, é agora também apoiada pela maioria da população do país.

Em visita oficial ao Japão a chefe do executivo finlandês explicou a mudança de direção nos destinos da Defesa nacional.

Sanna Marin afirmou que "a Rússia mostrou que não respeita o direito internacional. Não respeita as regras com as quais ela própria se comprometeu anteriormente. Não respeita nenhuma dessas obrigações que cada país tem. E é por isso que estamos a discutir a possibilidade de uma candidatura de adesão à NATO, tendo em conta que toda a situação de segurança na Europa mudou e não devemos ser ingénuos quando se trata da Rússia".

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, garante que a Finlandia será bem-vindos na organização.

Esta segunda-feira chegaram ao sudoeste do pais navios de guerra dos aliados para exercícios militares com a marinha finlandesa.

Em reação às declarações que chegam de Helsínquia, o Kremlin respondeu já que a Finlândia na NATO seria "definitivamente" encarada como uma ameaça para a Rússia.

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