Com três "sim" no referendo deste domingo, os suíços validaram a Frontex, a doação de órgãos e obrigaram a Netflix a contribuir para o cinema do país
A participação Suíça na Frontex - a agência europeia da segurança das fronteiras - saíu reforçada do referendo deste domingo.Os suíços plebiscitaram o novo regulamento que prevê o aumento da contribuição helvética para a agência.
O sentido do voto era esperado, mas os mais de 70% de votos expressos foram surpreendentes.
Karin Keller-Sutter, membro do conselho federal e responsável pelo Departamento de Justiça e Polícia, justifica: "A guerra na Ucrânia mostra a importância da cooperação e da solidariedade no espaço Schengen. Os benefícios da Frontex e da associação Schengen-Dublin são muito importantes para a Suíça".
Apesar das cíticas à agência europeia, Sanija Ameti, co-presidente do movimento político "Opération Libero" manifesta satisfação pela escolha dos suíços de manterem o país na Frontex
"Se a Suíça quiser impedir estas violações dos direitos humanos, deve continuar a fazer parte dela, para ajudar a moldar Schengen e ajudar a controlar a Frontex. Desistir não é uma solução".
Em referendo estava também a alteração da lei do cinema por causa das plataformas de streaming. Os suíços aprovaram a nova lei que obriga a Netflix e as outras plataformas a afetarem ao setor na Suíça, 4% das suas receitas brutas no país.
Os helvéticos foram também chamados a pronunciarem-se sobre a doação de órgãos. Com o "sim" neste referendo, a sociedade suíça parte para um novo paradigma: A partir de agora, todos são presumíveis dadores de órgãos.