ONU acusa Rússia de declarar guerra alimentar ao encerrar portos

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De  Euronews
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Há comida a apodrecer nos portos ucranianos. As Nações unidas dizem que há cada vez mais pessoas a passar fome.

A Rússia deixou claro que os portos do Mar Negro vão permanecer bloqueados a menos que as sanções sejam levantadas. O ocidente diz que não vai recuar enquanto a Rússia nao fizer o mesmo

No entanto, há toneladas de cereais e outros produtos ucranianos que, a não serem transportados, acabam por apodrecer. As Nações Unidas falam de uma crise alimentar.

David Beasley, Diretor Executivo, Programa Alimentar Mundial da ONU, diz que, no caminho para a fome, "passamos de 80 milhões para 135 milhões antes do COVID. E depois, por causa do COVID, de 135 para 276 milhões de pessoas sem comida." David Beasley vai mais longe: "Esse número, por causa da crise ucraniana, vai aumentar para 323 milhões, pelo menos.". 

O representante do Programa Alimentar da ONU acusa a Rússia de "declaração à guerra à segurança alimentar global" se não abrir os porto da região de Odessa. Um ataque, diz que "vai resultar em fome, instabilidade e migração em massa em todo o mundo".

Os EUA acusam a Rússia de usar a fome como arma. Antony Blinken, Secretário de Estado norte-americano, diz que "a decisão de armar alimentos é de Moscovo e só de Moscovo."

Num discurso no senado dos EUA, Blinken disse que Dimitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, ex-presidente russo, disse recentemente que "os produtos agrícolas da Rússia eram, e cito : 'a sua arma silenciosa'.". 

O Senado dos EUA votou a favor de um novo pacote de ajuda para a Ucrânia no valor de 40 mil milhões de dólares, cerca de 38 mil milhões de euros.