Dmytro Kuleba critica fortemente a inação da Aliança Atlântica na guerra da Ucrânia. Ministro ucraniano diz que NATO não faz literalmente nada
Não fazem "literalmente nada" foi com estas duras palavras que o chefe da diplomacia ucraniana criticou a Organização do Tratado do Atlântico Norte. Depois de mais de três de meses após a invasão da Rússia, Dmytro Kuleba esperava que a NATO tivesse uma intervenção direta na defesa contra o invasor. No entanto, no Fórum Económico Mundial de Davos, na Suíça, Kuleba elogiou as ações de Bruxelas.
"Vemos aliados a ajudar a Ucrânia. Vemos este grupo de aliados da NATO a ajudar-nos, mas no início da guerra, o povo da Ucrânia - era um sentimento público - acreditava que a NATO é a força forte e que a União Europeia só é capaz de expressar diferentes níveis de preocupação, e é só isso. Mas a guerra serve de teste para tirar as máscaras e todos nós vimos os verdadeiros rostos. O que vimos são algumas decisões revolucionárias e inovadoras tomadas pela União Europeia, que nem eles próprios esperavam tomar. E vemos a NATO como uma Aliança, como uma instituição, marginalizada, e a não fazer literalmente nada", sublinha o ucraniano.
Entretanto, na Turquia, as negociações da Aliança Atlântica estão num impasse. O Governo de Recep Tayyip Erdogan afirma que mantém o bloqueio à adesão por parte da Suécia e da Finlândia sem "medidas concretas" de Estocolmo e Helsínquia.
Ancara acusa os dois países de acolherem militantes curdos do PKK, partido que classificou como uma organização terrorista.
A primeira-ministra sueca Magdalena Andersson assegurou o seu Governo "obviamente" que não financia nem arma organizações terroristas. A Governante espera que que as objeções de Erdogan sejam superadas em breve, permitindo a adesão da Suécia e da Finlândia e conduzindo a uma NATO "ainda mais forte".