Alexander Nikolov alerta para impacto social negativo das medidas.
Na cimeira extraordinária da União Europeia agendada para 30 e 31 de maio, os líderes europeus irão procurar chegar a acordo sobre o sexto pacote de sancões contra a Rússia.
O principal ponto de discórdia é o embargo total ao petróleo russo até ao final do ano, proposta avançada pela Comissão Europeia no início do mês. A medida deverá ser aplicada por fases, e abrange primeiro o petróleo bruto e depois os produtos refinados.
A Hungria expressou-se de forma clara contra a medida, a Eslováquia e a Chéquia, países que são abastecidos pelo oleoduto Druzhba operado pela Rússia, mostram-se preocupadas, e a Bulgária levanta sérias objecões à proposta.
Em declarações à Euronews durante o fórum da Energia que termina esta sexta-feira em Atenas, o ministro búlgaro da Energia, Alexander Nikolov, afirmou que a Europa tem de agir com determinação e clareza, e tendo em conta os interesses e as dificuldades dos cidadãos.
Sem se pronunciar contra o sexto pacote de sanções, Alexander Nikolov frisou que é necessário definir um plano com um horizonte rigoroso de tempo para a imposição das medidas.
A crise energética resultante da guerra na Ucrânia está a pôr à prova a unidade e a integridade da União Europeia. Em causa está encontrar um equilíbrio entre o valor europeu da solidariedade imanente às sanções e a realidade da inflação e dos custos políticos da solidariedade.
À medida que o inverno se aproxima, torna-se urgente tomar decisões e alcançar o desejado compromisso, de preferência já na cimeira da próxima semana.