Intensifica-se o braço de ferro por Severodonetsk

Haverá cerca de 15 mil civis bloqueados em Severodonetsk
Haverá cerca de 15 mil civis bloqueados em Severodonetsk Direitos de autor AFP
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Cerca de 15 mil civis estarão bloqueados no meio dos combates

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Em vésperas do centésimo dia de guerra na Ucrânia, o retrato de devastação vai tomando conta do leste do país. 

Os ataques russos na localidade de Sloviansk fizeram, pelo menos, três mortos durante a noite. Mas é em Severodonetsk que os bombardeamentos e os combates nas ruas se intensificam cada vez mais, com as tropas de Moscovo a anunciarem o controlo de cerca de um terço desta cidade. Segundo o governo regional, haverá cerca de 15 mil civis bloqueados aqui.

Se a Europa e o mundo livre perderem esta batalha, perderem a guerra, vamos todos deixar de estar em segurança
Mateusz Morawiecki
Primeiro-ministro polaco

No braço de ferro estratégico, as forças ucranianas garantem estar a ganhar terreno sobretudo em torno de Kherson, cidade situada perto da Crimeia.

"Se a Europa e o mundo livre perderem esta batalha, perderem a guerra, vamos todos deixar de estar em segurança. Ficaremos sob a ameaça constante e a chantagem de Putin" , declara Mateusz Morawiecki, o primeiro-ministro polaco.

Da esfera diplomática para o dia a dia na Ucrânia vão os passos de quem tem de buscar incessantemente meios para sobreviver.

"O abrigo que tínhamos há já três meses foi atingido há três dias. As pessoas deixaram de ter rede para os telemóveis, água, eletricidade e gás", conta Svetlana Nesterenko, que teve de fugir de Pokrovsk.

Segundo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), há mais de oito milhões de ucranianos deslocados no interior do país e sete milhões que procuraram refúgio nos Estados vizinhos, sendo que metade se encontram na Polónia.

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