Depois de dois recentes massacres, o presidente norte-americano quer ver as armas de assalto fora das mãos dos particulares, mas enfrenta uma forte resistência por parte dos republicanos no Congresso.
O recente massacre numa escola de Uvalde, no Texas, e um novo tiroteio mortal num supermercado no Oklahoma relançaram o debate sobre o controlo das armas nos Estados Unidos. O Partido Democrata, do presidente Joe Biden, quer leis mais apertadas e pede uma proibição da venda a particulares de armas de assalto, como espingardas automáticas e semiautomáticas, frequentemente usadas em episódios como estes.
"Temos de banir as armas de assalto e com carregadores de elevada capacidade. Se isso não for possível, temos pelo menos de aumentar a idade mínima de compra dos 18 para os 21 anos, reforçar os controlos, introduzir leis para obrigar a guardar as armas em local seguro e leis que permitam mandar retirar as armas a certos cidadãos, acabar com a imunidade que impede os fabricantes de responder em tribunal e abordar a questão da saúde mental, por vezes muito ligada à da violência com armas ou uma consequência dessa violência. São medidas racionais, de senso comum", disse o presidente.
Republicanos e democratas têm estado reunidos para debater alterações à lei, mas o setor mais radical dos republicanos, para quem a liberdade de posse e porte de arma é uma questão que não se discute, é uma resistência difícil de ultrapassar, pelo menos até às legislativas de meio do mandato, marcadas para novembro deste ano.