Jeanine Áñez condenada a 10 anos de prisão

Áñez quando assumiu interinamente a presidência
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De  euronews com EFE
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Ex-presidente interina da Bolívia é acusada de liderar golpe de Estado em 2019

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A antiga presidente interina da BolíviaJeanine Áñez foi condenada a dez anos de prisão por liderar um golpe de Estado, em 2019, contra o então presidente Evo Morales.

O anúncio foi feito esta sexta-feira pelo Tribunal de Primeira Instância de La Paz.

Áñez, de 54 anos, foi detida a 13 de março de 2021 e foi julgada por ações enquanto senadora, antes mesmo de assumir a presidência interina a 12 de novembro de 2019. Estava acusada de assumir a liderança boliviana de forma inconstitucional, após a renúncia de Evo Morales, que esteve à frente dos destinos do país ao longo de 14 anos.

A ex-presidente interina boliviana Jeanine Áñez foi condenada a 10 anos de prisão na sexta-feira por acusações ligadas à sua tomada de posse em 2019, no meio de violentos protestos que levaram à demissão e exílio do seu antecessor, Evo Morales.

Áñez foi condenada pelo tribunal de desrespeito do dever e atuando contra a constituição quando se proclamou presidente no que Morales e o seu partido chamaram um golpe.

Os apoiantes de Áñez negam que tenha sido um golpe, dizendo que o alegado abuso de poder de Morales desencadeou uma revolta legítima nas ruas.

A expulsão do primeiro presidente indígena da Bolívia e do seu vice-presidente criou um vácuo de poder que permitiu a Áñez assumir a presidência interina como segundo presidente do Senado, afirmam eles.

A defesa disse que irá recorrer da decisão.

"Toda a Bolívia sabe que nenhum dos crimes de que fui acusada foi cometido", disse Áñez durante a audiência.

Morales demitiu-se na sequência de protestos a nível nacional por suspeita de fraude eleitoral numa eleição de 20 de outubro, que afirmou ter ganho para ganhar um quarto mandato no cargo. Morales negou ter havido fraude. Os protestos deixaram 37 mortos e forçaram Morales a refugiar-se no México.

O seu partido, conhecido pelas suas iniciais em espanhol MAS, voltou ao poder nas eleições de 2020 e Morales regressou entretanto à Bolívia.

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