Líderes do G7 culpam a Rússia pela crise alimentar

Ocidente acusa a Rússia de provocar uma crise alimentar
Ocidente acusa a Rússia de provocar uma crise alimentar Direitos de autor Ben Curtis/Copyright 2021 The Associated Press. All rights reserved
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Chefes da diplomacia dos sete países mais ricos do mundo pedem um cessar-fogo imediato

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Reunidos em Berlim, os ministros dos Negócios Estrangeiros dos G7 acusaram a Rússia de ser a culpada pela crise alimentar mundial. Num comunicado conjunto, os chefes da diplomacia das sete economias mais fortes do mundo pediram um cessar-fogo imediato para que seja possível retomar as exportações ucranianas.

Também esta sexta-feira, na capital alemã, na Conferencia Internacional sobre as consequências da guerra na distribuição de alimentos, o secretário de Estado norte-americano apontou o dedo a Moscovo e sublinhou que "as sanções impostas à Rússia excluem alimentos, fertilizantes e até seguros de transporte”. Anthony Blinken disse que a crise alimentar é provocada pelo "bloqueio das exportações da Ucrânia e pela recusa da Rússia, em muitos casos, em exportar os seus próprios cereais por razões políticas".

Na resposta, o presidente russo acusou o ocidente, principalmente os Estados Unidos, de "desestabilizarem a produção agrícola mundial" com as restrições impostas à entrega de fertilizantes russos e bielorrussos e com "barreiras" à exportação de trigo.

Na cimeira virtual dos Países Emergentes (BRICS), Vladimir Putin disse que a crise alimentar "não é o resultado dos últimos meses nem da operação militar especial da Rússia para proteger o Donbass”. Putin denunciou o “cinismo” de alguns países do ocidente na abordagem a estas questões que provoca, segundo o presidente russo, a “desestabilização do mercado global da produção agrícola".

Cerca de 20 milhões de toneladas de cereais de 2021 ainda estão retidos na Ucrânia. Os aliados ocidentais procuram neste momento formas para desbloquear os portos do mar Negro, principalmente o de Odessa que é o maior porto comercial do país. Kiev já disse que seriam precisos cerca de dez anos para construir rotas alternativas.

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