G7 reforça união no apoio à Ucrânia e nas sanções contra a Rússia

Johnson, Biden, Scholz, Macron e Draghi na cimeira do G7 na Alemanha
Johnson, Biden, Scholz, Macron e Draghi na cimeira do G7 na Alemanha Direitos de autor Susan Walsh/Associated Press
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Os líderes do G7 reforçaram o apoio à Ucrânia na guerra e na reconstrução do país e a determinação nas medidas punitivas contra a Rússia

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A cimeira do G7 terminou com unidade no apoio à Ucrânia e sintonia e determinação nas medidas contra a Rússia.

Os líderes dos países mais ricos do mundo deixaram claro que querem limitar as receitas do Kremlin provenientes do petróleo e aumentar as sanções; apoiar Ucrânia na guerra e ajudar na reconstrução do país.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, anfitrião da cimeira afirmou na declaração final: "O G7 está unido no seu apoio à Ucrânia. Concordamos que o presidente Putin não deve ganhar esta guerra, e continuaremos a manter elevados os custos económicos e políticos desta guerra para o presidente Putin e o seu regime e a fazê-los crescer. Para isso, é importante mantermo-nos unidos, mesmo a longo prazo, o que certamente estará aqui em jogo".

A união, para já, está garantida, assim como a vontade de não deixarem Putin ganhar a guerra, como reforçou Emmanuel Macron.

"A Rússia não pode e não deve vencer e, por isso, o nosso apoio à Ucrânia e as nossas sanções contra a Rússia continuarão, enquanto for necessário e com a intensidade necessária, nas próximas semanas e meses".

Os sete concordaram com a proibição das importações de ouro russo e com o reforço da ajuda aos países atingidos pela escassez de alimentos devido ao bloqueio à saída de cereais da Ucrânia através do Mar Negro.

A declaração final da cimeira sublinhou a sua intenção de impor "custos económicos severos e imediatos" à Rússia, mas não referiu detalhes sobre como funcionariam na prática os limites de preços dos combustíveis fósseis. Estão previstas para as próximas semanas mais dicussões para "explorar" medidas para barrar as importações de petróleo russo acima de um certo nível.

Os EUA já bloquearam as importações de petróleo russo, que, de qualquer modo, eram pequenas. A União Europeia decidiu impor uma proibição a 90% do petróleo russo que vem por mar, mas isso só entra em vigor no final do ano, o que significa que a Europa continua a enviar dinheiro para a Rússia em busca de energia, mesmo condenando a guerra.

Entretanto, a subida dos preços mundiais do petróleo suavizou a queda no rendimento da Rússia, mesmo quando os comerciantes ocidentais evitam o petróleo russo.

Os temas energéticos estiveram no centro da cimeira. A Europa está a esforçar-se por encontrar novas fontes de petróleo e novos abastecimentos de gás, à medida que a Rússia faz marcha-atrás no que os líderes dizem ser um movimento político. Entretanto, os preços elevados da energia são uma dor de cabeça para os consumidores dos países do G-7.

O clima também esteve na agenda. Os membros do grupo das sete principais economias comprometeram-se a criar um novo "clube do clima" para nações que queiram tomar medidas mais ambiciosas para enfrentar o aquecimento global.

A iniciativa, defendida por Scholz, verá os países que aderirem ao clube acordarem em medidas mais duras para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa com o objetivo de evitar que as temperaturas globais aumentem mais de 1,5 Celsius neste século, em comparação com os tempos pré-industriais.

Os países que fazem parte do clube tentarão harmonizar as suas medidas de modo a serem comparáveis e evitar que os membros imponham tarifas relacionadas com o clima às importações uns dos outros.

Falando no final da cimeira de três dias em Elmau, Alemanha, Scholz disse que o objetivo era "assegurar que a proteção do clima seja uma vantagem competitiva, e não uma desvantagem".

Antes do encerramento da cimeira, os líderes juntaram-se para condenar o que chamaram o "abominável" ataque russo a um centro comercial na cidade de Kremechuk, chamando-lhe um crime de guerra e jurando que o presidente Vladimir Putin e outros envolvidos "serão responsabilizados".

Do isolado hotel Schloss Elmau, nos Alpes da Baviera, os líderes do G-7 partiram para Madrid para a cimeira de líderes da NATO, onde as consequências da invasão russa da Ucrânia voltarão a dominar a agenda. Todos os membros do G-7, para além do Japão, são membros da NATO e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, foi convidado a deslocar-se a Madrid.

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