Termómetros sobem na Península Ibérica e as chamas voltam a ameaçar Portugal

Incêndio em Quebrada de Baixo, freguesia de Freixianda, concelho de Ourém, Portugal
Incêndio em Quebrada de Baixo, freguesia de Freixianda, concelho de Ourém, Portugal Direitos de autor PAULO CUNHA/ 2022 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
De  Euronews com LUSA
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As altas temperaturas dos últimos dias estão a aumentar o risco de incêndios. Governo português decretou situação de contingência.

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O calor que parece não dar tréguas à Europa chegou para ficar à Península Ibérica. Em Espanha, as altas temperaturas colocaram a maior parte das comunidades em alerta. Andaluzia e Extremadura, já habituadas a estas vagas, voltam a ser as principais vítimas. Uma massa de ar quente e seca proveniente de África promete não dar descanso nos próximos dias.

As previsões apontam para uma subida das temperaturas máximas acima dos 35° Celsius, ao longo da semana. Em muitas cidades ibéricas, os termómetros vão ultrapassar os 40° Celsius.

Novos máximos de temperatura aumentam risco de incêndios

O aumento das temperaturas, que é cartografado na União Europeia através do seu Programa de Observação da Terra, Copernicus, deixa antever dias difíceis sobretudo na Península Ibérica.

Previsão de incêndios para a Europa

No mapa disponibilizado para esta semana, é visível que uma parte significativa do território português está a roxo, cor que representa o maior risco de deflagração de incêndios.

Portugal em situação de contingência

Com os termómetros a prometer novos máximos, sobretudo nas regiões de de Vale do Tejo e Alentejo, onde vão atingir mais de 45º Celsius, Portugal entra esta terça-feira, pelo segundo dia consecutivo, em situação de contingência, que se deverá manter até pelo menos ao final da semana.

O estado de contingência, segundo o Governo, implica “o imediato acionamento de todos os planos de emergência e proteção civil nos diferentes níveis territoriais”, a passagem ao estado de alerta especial de nível vermelho do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), para todos os distritos, com mobilização de todos os meios disponíveis, e “o reforço do dispositivo dos corpos de bombeiros com a contratualização de até 100 novas equipas, mediante a disponibilidade dos corpos de bombeiros”.

Durante este período, prevê ainda aLei de Bases de Proteção Civil, ficam também estabelecidas:

  • Proibição do acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais, previamente definidos nos planos municipais de defesa da floresta contra incêndios, bem como nos caminhos florestais, caminhos rurais e outras vias que os atravessem,
  • Proibição da realização de queimadas e de queimas de sobrantes de exploração;
  • Proibição de realização de trabalhos nos espaços florestais com recurso a qualquer tipo de maquinaria, com exceção dos associados a situações de combate a incêndios rurais;
  • Proibição de realização de trabalhos nos demais espaços rurais com recurso a motorroçadoras de lâminas ou discos metálicos, corta-matos, destroçadores e máquinas com lâminas ou pá frontal;
  • Proibição da utilização de fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos, independentemente da sua forma de combustão, bem como a suspensão das autorizações que tenham sido emitidas.

Desde sexta-feira, mais de 300 incêndios deflagraram no país.

De acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), os fogos dos últimos dias em Portugal continental obrigaram já à evacuação em nove aldeias e terão consumido cerca de 2.500 hectares,

Suspeitas de crime em Itália

Também Itália sofre com a propagação das chamas em Roma.

Uma chuva de cinzas tem-se abatido sobre a cidade, onde o presidente local, Roberto Gualtieri, não poupa nas palavras. De acordo com o autarca, os múltiplos incêndios ao longo do último mês têm origem criminosa.

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