Relatório prova envolvimento de militares mexicanos no rapto dos 43 jovens de Ayotzinapa em 2014
As autoridades do México classificaram como "crime de Estado" o desaparecimento de 43 estudantes de Ayotzinapa, em 2014. De acordo com um relatório preliminar da Comissão da Verdade, o crime envolveu autoridades federais e estaduais ao mais alto nível do Governo do então presidente Enrique Peña Nieto.
Segundo as investigações, os jovens foram capturados pela polícia local em conluio com o cartel Guerreiros Unidos, acusado de assassiná-los e incinerar seus corpos.
O subsecretário do Interior, Alejandro Encinas, apresentou o relatório e afirmou que as ações, omissões ou participações dos militares “permitiram o desaparecimento e execução dos estudantes, bem como o assassinato de outras seis pessoas”.
Segundo Encinas, os alunos não sobreviveram. “Não há indícios de que os estudantes estejam vivos. Todos os testemunhos e evidências provam que eles foram assassinados e desapareceram”, disse. “É uma triste realidade.”