Inspetores da AIEA já estão em Zaporíjia

Os inspetores das Nações Unidas vão ajudar a garantir a segurança das instalações da central nuclear ucraniana
Os inspetores das Nações Unidas vão ajudar a garantir a segurança das instalações da central nuclear ucraniana Direitos de autor Efrem Lukatsky/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved
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Missão da Agência Internacional de Energia Atómica já está em Zaporíjia para inspecionar a central nuclear ucraniana nas mãos das forças invasoras russas desde março

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A missão da Agência Internacional de Energia Atómica chegou, esta quarta-feira, a Zaporíjia. Os inspetores das Nações Unidas vão ajudar a garantir a segurança das instalações da central nuclear da Ucrânia, controladas pelas forças invasoras da Rússia.

O momento é de grande preocupação. O diretor da Agência, Rafael Grossi, sublinha que a missão é complexa e morosa: "Temos uma tarefa muito, muito importante para realizar: avaliar a real situação. Ajudar a estabilizar a situação tanto quanto pudermos. Eu estou realmente muito consciente da relevância deste momento, mas estamos prontos. A AIEA está pronta."

Nesta missão, estão 14 peritos internacionais.

"Damos-lhes uma lista dos principais pontos, muito importantes, que devem ser verificados. Isto de um ponto de vista técnico, e outro é o ponto em que os militares russos se encontram. Temos indícios de que estão a tentar esconder a presença militar e por isso devem verificar todas essas informações", afirmou o ministro ucraniano da Energia German Galushchenko.

A missão da ONU recebeu garantias, por parte de Moscovo, de que pode prosseguir com os trabalhos na maior central nuclear da Europa em segurança, no entanto, as forças ucranianas pró-Kremlin locais acusam Kiev.

O líder da autoproclamada República Popular de Donetsk, Denis Pushilin, diz que "a delegação da AIEA, que planeia vir, tem garantias de segurança por parte das Forças Aliadas e da Federação Russa. Vão ser tomadas todas as medidas necessárias para garantir essa segurança, mas gostaria de salientar que neste momento o regime ucraniano está louco e nada pode ser excluído".

Nos últimos dias, a central foi temporariamente desligada da rede elétrica ucraniana devido a danos causados pelo fogo na linha de comunicação, aumentando os receios de que os combates possam levar a uma fuga maciça de radiação ou mesmo a um derretimento do reator. Os riscos são tão graves que as autoridades começaram a distribuir comprimidos de iodo antirradiação aos residentes locais.

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