Central de Zaporíjia deixa de fornecer energia ao lado ucraniano

Segundo o Kremlin, o ataque das tropas de Kiev à central foi repelido
Segundo o Kremlin, o ataque das tropas de Kiev à central foi repelido Direitos de autor YURI KADOBNOV/AFP or licensors
Direitos de autor YURI KADOBNOV/AFP or licensors
De  euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Central de Zaporíjia deixa de fornecer eletricidade aos territórios controlados pela Ucrânia. Turquia quer intermediar crise sobre a maior central nuclear da Europa

PUBLICIDADE

A central nuclear de Zaporíjia deixou de fornecer eletricidade aos territórios controlados pela Ucrânia, de acordo com as autoridades locais nomeadas pela Rússia.

O corte foi justificado com um alegado bombardeamento efetuado por tropas ucranianas na manhã deste sábado e que terá destruído uma importante linha de energia.

Segundo o Kremlin, o ataque das tropas de Kiev foi repelido e ocorreu numa altura em que os inspetores da Agência Internacional de Energia Atómica prosseguem com a missão no local.

O Diretor-Geral da Agência Internacional de Energia Atómica, Rafael Grossi, afirmou numa declaração, que os peritos da agência, que estão no local desde quinta-feira, foram informados pelo pessoal superior ucraniano que a central nuclear de Zaporíjia, ocupada pelas forças russas, "perdeu novamente a ligação" com a rede elétrica. A última linha ainda em operação "foi danificada", explicou. No entanto, os inspetores da AIEA tiveram conhecimento que a linha de reserva que liga as instalações a uma central térmica próxima estava a fornecer a eletricidade que a central gera à rede externa, afirmou Grossi. A mesma linha de reserva pode, também, fornecer energia de reserva à central, se necessário, acrescentou.

"Já temos uma melhor compreensão da funcionalidade da linha de reserva de energia elétrica ao ligar a instalação à rede", disse Grossi. "Esta é uma informação crucial na avaliação da situação global da instalação".

Entretanto, numa conversa telefónica, este sábado, o presidente turco, **Recep Tayyip Erdogan,**ofereceu ao homólogo russo, Vladimir Putin, a mediação da Turquia para ajudar a resolver a crise que envolve a maior central nuclear da Europa. Como refere o comunicado da presidência turca, tal como Ancara fez com com a questão dos cereais ucranianos.

Nos últimos dias, russos e ucranianos acusam-se mutuamente de ataques contra a central nuclear, no entanto entre a população das localidades vizinhas, o medo cresce.

Natalia Stokoz, por exemplo, tem três filhos e vive em Zorya, uma pequena aldeia a cerca de 20 quilómetros do complexo.

Diz que tem muito medo que haja uma explosão em Zaporíjia.

As autoridades começaram a distribuir comprimidos de iodo aos moradores que vivem perto da central nuclear de Zaporíjia, devido aos receios de um acidente nuclear de larga escala.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

António Guterres exige zona de segurança em Zaporíjia

Soldados alemães chegam em navio norte-americano à Lituânia

Cidade ucraniana de Nikopol sob ataque